Divaldo Franco
Professor, médium e conferencista
Lamentavelmente, a liberdade é uma conquista que nem todos
os seres humanos compreendem. Alguns setores da sociedade confundem-na com a
libertinagem, a permissão que lhes faculta o direito ao desrespeito a tudo
quanto lhes perturba ou lhes impõe disciplina moral. Cada dia acompanhamos a
perversão dos costumes e os atentados de vária ordem, utilizados insensatamente
por esses libertinos escudados no direito que negam aos outros.
Não há muito, em nome da cultura, vimos exibir-se despido
um homem no Museu de Arte Moderna de São Paulo, que se dispôs permitir-se
apalpar por crianças em nome da liberdade. Outras exposições perversas foram
apresentadas em Porto Alegre e em Belo Horizonte, em nome da arte, em espetáculos
chulos e de baixo padrão moral, numa apresentação psicopatológica, exaltada
pelos mesmos representantes do chamado progresso cultural. Há poucos dias, em
São Paulo, no desfile do Carnaval, a Escola de Samba Gaviões da Fiel exibiu um
quadro horripilante, ironizando Jesus, que era apresentado semidespido, surrado
por Satanás, que o martirizava com um tridente, matando-O, enquanto caveiras
sambavam em Sua volta. O espetáculo vulgar e agressivo mereceu a revolta de
muitos foliões e pessoas outras que não puderam compreender a razão pela qual
esse extraordinário vulto, considerado o maior da humanidade, cujo berço
dividiu a História, naquela situação profundamente vexatória e agressiva não
somente à Sua memória, assim como a todos aqueles que O respeitamos e cultuamos
em nosso comportamento.
Com que direito esses sambistas arbitrários se permitiram
denegrir a figura do Homem de Nazaré, respeitado mesmo por aqueles que não Lhe
seguem as diretrizes filosóficas e religiosas? Esse comportamento viola todos os
valores morais que a liberdade concede, naturalmente exigindo consideração ao
direito dos outros. Sou espírita-cristão que aprendi com Ele a respeitar todas
criaturas, credos e ateísmo, impositivos sociais e morais, não me podendo calar
ante a afronta vil e zombeteira dos carnavalescos embriagados pelas paixões
subalternas… Não é a primeira vez que a crueldade ateísta de alguns indivíduos
tenta macular a figura incorruptível de Jesus. Incomodados com a grandeza e
excelência dos Seus ensinamentos, que eles não têm valor moral para vivenciar,
dominados por conflitos sexuais e de outra ordem, buscam desacreditar o
incomparável pensador e Mestre, que vem iluminando a consciência da sociedade
desde há dois mil anos.
Tem-se insistido em informar que Jesus era gay, em
tentativa de diminuir-lhe a dignidade, e advogam, ao mesmo tempo, que os gays
merecem todo respeito e consideração. Claro que os gays são credores de nosso
respeito, pois que são pessoas normais e dignas, mas aqueles que assim procedem
visam diminuir-Lhe o conceito de honradez, o que não deixa de ser um paradoxo.
Espero que outros cristãos decididos apresentem a sua recusa e protesto a esses
adversários da dignidade humana, demonstrando-lhes que as suas demências não
servirão de modelo moral à sociedade em construção neste momento quando
iniciamos uma Era Nova de justiça e amor. Jesus não é apenas um símbolo do
Mundo melhor, mas o exemplo que é guia para a conquista da plenitude.
Artigo publicado no jornal A Tarde, coluna Opinião, de 7 de
março de 2019.
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