Educação - Convidados
Maranhense de Imperatriz é Prata no Skate, nas Olimpíadas
do Japão. Isso também é arte.
Rayssa, de apenas 13 anos de idade brilhou nas Olimpíadas
no Japão.
Do FACETUBES
26/07/2021
Por: Mhario Lincoln
Fonte: Divulgação
MEDALHA DE PRATA
ZECA TOCANTINS
A cidade de
Imperatriz amanheceu em festa, não era para menos. Sua filha de apenas 13 anos
de idade brilhou nas olimpíadas no Japão. Toda vitória é tecida de muitas
outras vitórias, as vezes invisíveis aos olhos dos outros, mas de enorme
importância ao fortalecimento da convicção daqueles que se põe na luta.
Para Rayssa
esta foi apenas a coroação de tantas outras vitórias. A cidade não dispõe de um
centro esportivo adequado, nem projetos que abracem crianças com vocações
esportivas, lhes oferecendo o apoio que precisam. Para cada vitória dezenas,
centenas de crianças são deixadas pelo caminho. Quero crer, que a partir de tão
importante conquista a cidade comece escrever uma história diferente, onde o
esporte e a cultura da cidade favoreça o ingresso das crianças vocacionadas,
anunciando uma sociedade também vitoriosa.
Claro que
essa vitória é também dos pais, que sempre se colocaram à serviço da
determinação de Rayssa. Dos apoiadores, sim, eles existem e precisam realmente
existir para que se alcance os fins almejados. As vezes para voar é preciso
saber cair e retirar da própria queda a força para resistir a novos desafios.
Só a determinação nos faz forte o suficiente para vencermos os obstáculos. Que
não são poucos, mas não impede a passagem daqueles que desejam seguir e nem
derruba, pelo contrário, impulsiona aqueles que sabem onde quer chegar.
Meu filho Moara Cavalcante, ainda muito criança, chegava de
Paraíso ou de Palmas para me visitar, trazendo numa mochila seu skate e
apetrechos de proteção. Logo seguia para a praça Mané Garrincha e se enturmava
com quem estava por lá praticando o mesmo esporte. Na escassez do espaço
executava seus malabarismos. Um dia me fez comprar uma revista nacional na
banca da Praça de Fátima com sua foto.
Anos alegres,
depois veio a depressão, tempos difíceis. Uma doença que exige habilidade e
compreensão para um convívio suportável, uma luta solitária mas cheia de
pequenas vitórias, como deve ser as grandes conquistas. Festejamos a medalha de
prata, certos de que somos ouro. O ouro será sempre daqueles que nunca
desistiram de lutar. Parabéns Rayssa Leal! (Z T).
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