sábado, 12 de novembro de 2022

SOS Brasil, por André Braga, advogado


SOS Brasil

André Braga*

A foto que revela um ex-presidiário reunido com a cúpula do Judiciário de uma Nação não pode ser algo a comemorar senão que a Justiça adere e dá sinal verde para a insegurança jurídica.

Aliás, quem acompanhou ao longo do período eleitoral minhas impressões sobre o que haveria de acontecer no Brasil, caso o vitorioso no pleito fosse o ex-presidiário, muito saberá o que ao final será afirmado.

Ao longo de todo o período em que se desenrolou a operação Lava Jato, todo o país e o mundo tiveram oportunidade de conhecer as entranhas da corrupção endêmica no Brasil.

Revelou-se esquemas pavorosos de desvios de dinheiros públicos e que se prestou a comprar parlamentares para interesse privativo do executivo aprovar os esquemas de corrupção.

Optou-se pelo aparelhamento das empresas estatais e, por conseguinte, os próprios parlamentares que também se beneficiariam do esquema, tanto que valores foram achados em cuecas, apartamentos, malas e toda a sorte de recipiente em que fosse possível acomodar cédulas, no mais das vezes de cem reais, claro, pelo menor volume que faziam, a despeito das vultosas quantias.

O mais assustador é que o pessoal que protagonizou o maior esquema de corrupção do mundo retorna à cena do crime com os mesmos atores, a começar pelo que chefiou toda a quadrilha e que nunca sabia de nada.

Numa eleição em que o atual presidente foi derrotado, mais pela sua estupidez de comportamento do que propriamente pela condução que imprimiu à coisa pública, nos impele a prognosticar que o governo que assumirá dará condução ao projeto outrora interrompido pela desobediência do poste, então fincado como sobressalente, porém, extraído à fórceps, enquanto o titular aguardaria o momento de retornar triunfalmente ao seu estado de torpor, tomado pela vaidade e egoísmo que o acompanham desde que vislumbrou a possibilidade de nunca trabalhar efetivamente e, cada vez mais especializar-se no seu papel de ludibriar o povo ignaro, sedento por migalhas de sobrevivência traduzidos nos mais diversos tipos de auxílios, esmolas, denominados bolsas família, gás, transporte, saúde, educação e que tais.

A realidade é que os movimentos de esquerda se valem de todos os meios para alcançar os fins pretendidos, notadamente, a permanência no poder e todas as nações que assim atuam quase sempre deterioram a sociedade em todos os seus estamentos enquanto os que se posicionam na cúpula usufruem de todos os benefícios possíveis e inimagináveis.

A realidade que se extrai na atualidade é que cada vez mais o povo miserável dependerá de ações de tamanha natureza, os auxílios, as bolsas, significativos no orçamento federal, senão pela manutenção dos que detém o poder de manipulação, seja por quaisquer meios, fisiologismo, aparelhamento, corrupção, crimes e desvios, e mais a participação – não gratuita – da mídia, como se viu e escancaradamente se revelou no período eleitoral.

Afirmei, alhures, que a composição que se projetou para o Legislativo, caso a representatividade popular efetivamente fosse verdadeira, o governo que tomará de assalto o Brasil não haveria de concretizar suas inúmeras falácias propaladas por meio da propaganda eleitoral. Propaganda enganosa.

O fato é que a promessa extrapolou o limite da razoabilidade e o que se vê são sujeitos que mais pensam em si do que propriamente na evolução, mínima que seja, nos índices de qualidade social.

Outra verdade que se há de pinçar, é que mais uma vez, reitere-se, o movimento da direita que se sagrou exitoso no certame, vacila ante o silêncio inexplicável daquele que haveria de consolar e proclamar uma luta diuturna pelo que pode vir a ocorrer muito brevemente, frustrando uma multidão que vislumbrou o desbaratamento da quadrilha e que não obteve seu desiderato.

Resta-nos a esperança de que os verdadeiros representantes dos 58.206.354 de brasileiros, o que corresponde a 49,10% dos que depositaram seus votos, os represente de maneira firme e efetiva e que o seu líder, ora em estado de covardia, reassuma sua postura firme e promova o alento daqueles que perceberam, não em tempo hábil, o buraco em que brevemente possamos estar metidos. Some-se a este número, os mais de cem milhões de brasileiros que fazem parte da população brasileira e que pelas mais diversas razões não puderam exercer o seu direito de voto.

Caso tal assertiva se concretize, o que haverá de se revelar, para os que ainda insistem em não enxergar, o Poder Executivo, leia-se: a quadrilha, pelos seus mesmos atores, tais, Gleisi, Renan, Jáder, Guimarães, Mercadante, Mantega… Dirceu, Genoíno, Boulos, Marina e também, que vergonha, Tebet, Janones e outros mais que chegam de fininho, Janja, enfim, cooptarão o Judiciário e assim, submeterão o Congresso à camisa de força, pasmem, tudo em nome da DEMOCRACIA.

Em tempo: o Judiciário já atua assim. Julga ao seu alvedrio em detrimento das leis e da Constituição. Julga legislando sem quaisquer dos ministros disputar mandato eletivo e sem o poder que emana do povo. Que povo? Polvo!

*André Braga é advogado.


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