quarta-feira, 3 de abril de 2024

Espiritualidade, consciência e doutrina - artigo do poeta e escritor Carlos Alberto Lima Coelho

Espiritualidade, consciência e doutrina

Carlos Alberto Lima Coelho*


“Trabalhemos nossa própria intimidade, vencendo limites e obstáculos impostos, muitas vezes, por nó mesmos”. Joanna de Ângelis

Há muitos desencontros sobre o entendimento da Doutrina Espírita, Espiritismo, ou estado de consciência. Temos muito ainda a aprender e repassar aos interessados o melhor da nossa aprendizagem e sanar alguns pontos até então duvidosos.  Partimos do princípio de que Espiritualidade não é religião. É consciência, estilo de vida. Estar bem e fazer com que os que estão ao seu redor, também estejam bem. Tece a fé, envolve a todos com sentimentos fraternos. É caminho para romper com situações complicadas. É diferente de religiosidade de seita, que defende um preceito, uma norma. A religião pode ser espiritualista. Basta estar liberta de preceitos punitivos ou moralista. Muito vemos pessoas que se exibem ao se autodefinir como espiritualista. Tornam-se sensacionalistas no fazer fraterno e faz questão de posar como o “pai da matéria”. Deixa de ser ético nas suas ações. Entendemos que tanto a religião quanto a espiritualidade trabalham no indivíduo as questões filosóficas, que explicam a nossa existência, o nosso papel neste mundo físico, e para onde vamos depois de cumprir a nossa tarefa por aqui. Talvez em uma doutrina, com uma única crença, sob regras, ritos, etc., possa ser explicada. Enfim, podemos dizer que a espiritualidade é algo mais abstrato que a religião, que se desenvolve com meditação, oração, ações de cunho eminentemente fraternas, etc. Não esquecendo que somos seres duais, com um corpo físico e um espiritual. De acordo com o Livro dos Espíritos, o Espiritismo é uma ciência filosófica de consequências religiosas codificada em 1857, quando da primeira edição de "O Livro dos Espíritos", pelo Professor Rivail (Allan Kardec) sob a orientação dos Espíritos Superiores. Tem como bases fundamentais alguns pontos como: Deus é a inteligência, é a causa primária de todas as coisas. É eterno, imutável, imaterial, único, onipotente, soberanamente justo e bom. O Universo é criação de Deus. Abrange todos os seres racionais e irracionais, animados e inanimados, materiais e imateriais, além do mundo corporal, habitação dos Espíritos encarnados (homens), existe o mundo espiritual, habitação dos Espíritos desencarnados. · Jesus é o Guia e Modelo para toda a humanidade. E a Doutrina que ensinou e exemplificou é a expressão mais pura da Lei de Deus.

“A obra veio a público em 18 de abril de 1857, lançada no Palais Royal, em Paris, na forma de perguntas e respostas, originalmente compreendendo 501 itens. Foi fruto dos estudos de Kardec sobre fenômenos como mesas girantes, psicografia e psicofonia, difundidos por toda a Europa e Estados Unidos em meados do século XIX, e que, segundo muitos pesquisadores da época, possuíam origem mediúnica. Foi o primeiro de uma série de cinco livros editados pelo pedagogo sobre o mesmo tema”. –(1)

Prosseguindo com pesquisas relacionadas aos temas aqui expostos, encontramos no site: www.respostass.com.br/o-que-e-espiritualidade, itens que também reforçam o entendimento sobre a temática.

“A espiritualidade constitui-se de uma fé sadia, e uma fé sadia fundamenta-se numa doutrina sadia” (Tito 1:13).

Em 1 Coríntios 13, conseguimos entender a descrição que Paulo faz acerca da espiritualidade. Então, podemos dizer também que espiritualidade é o padrão divino para o homem cristão alcançar a plenitude do Filho de Deus. O plano de Deus ao enviar Jesus é tornar os homens à sua imagem e semelhança, não apenas na imagem moral, como a primeira criação, mas também na imagem espiritual e metafísica. “até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo" (Efésios 4:13).

... O próprio Jesus nos traz ensinamentos e práticas de conduta. Basta olhar para a parábola do bom samaritano Lucas 10:25-37. Jesus dá mais ênfase na espiritualidade do que na religiosidade, aliás, Ele é muito duro com os fariseus, religiosos da época. Basta olhar em Mateus 23. Jesus partilhava a vida nos campos, pelas ruas das cidades, praças e outros ambientes. A vida era mais importante do que qualquer rito religioso.

 Em Mateus, os bem-aventurados são definidos como:

“Felizes os pobres em espírito, porque deles é o Reino do Céu. Os aflitos, porque serão consolados. Felizes os mansos, porque possuirão a terra. Felizes os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados.”

(1)- Wikipedia.org/wiki /O Livro_dos_Espiritos

Carlos Alberto Lima Coelho

*Jornalista, Radialista e Escritor

 

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