AMAZÕNIA EM CHAMAS
Análise: "Análise: Amazônia em chamas"
Ney Lopes*
A Amazônia registra este ano o dobro de focos de incêndio na comparação com o ano passado, e a devastação avança com rapidez.
Os índices de queimadas são os maiores dos últimos 20 anos no Brasil.
O valor representa um aumento de 83% em comparação ao mesmo período em 2023.
O fogo bate recorde, muda paisagem e expulsa moradores, com intensa liberação de fumaça e emissão de gases do efeito estufa.
As causas têm vários fatores, que vão desde fenômenos como o El Niño, seguido de La Niña, passando pelo aquecimento global e a ação humana (efeito estufa).
A floresta Amazônica representa um terço das florestas tropicais do mundo, além de conter mais da metade da biodiversidade global e garantir a qualidade do solo.
A região concentra 20% da água doce do planeta.
Cerca de 25,5 milhões de pessoas (entre populações tradicionais e familiares) vivem na região amazônica ou na floresta.
A extração de produtos não-madeireiros (óleos, resinas, ervas, frutos e borracha) contribui economicamente para a vida de 400 mil famílias de extrativistas.
Os recursos florestais trazem benefícios econômicos às populações locais, fixam o homem no campo e melhoram sua qualidade de vida.
Ao contrário do que se propaga, no atual governo Lula um estudo inédito apresentado em Campinas, e que discute as alterações climáticas e a situação ambiental da Amazônia, aponta que parte da floresta virou fonte de emissão de carbono, o principal gás do efeito estufa.
O processo é estimulado pelo desmatamento e pelas queimadas.
No mundo, os cinco países que mais poluíram desde a Revolução Industrial, de 1850 a 2021, são: EUA, China, Rússia, Brasil e Indonésia.
Os Estados Unidos são o país com os níveis mais altos de emissões por habitante.
A taxa de emissões per capita é o dobro da chinesa e oito vezes maior que a da Índia.
Sabe-se que os gases liberados contribuem para o aquecimento global, aumentam os níveis do mar, alteram o clima.
Além disso, espécies de fauna e flora desaparecem.
Portanto, não há mais como esperar soluções objetivas, que evitem uma catástrofe já a vista.
*Ney Lopes é jornalista, escritor, ex-deputado federal
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