O que temos de melhor
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Em momentos de crises graves, diante de grandes catástrofes, aparece, claramente, o melhor e o pior do ser humano.
Certamente, já devemos ter ouvido alguém fazer esse tipo de reflexão, referindo-se às comoções e ao quanto elas mexem com as estruturas.
Vemos gestos de profundo altruísmo, desapego, apoio ao próximo. Ao mesmo tempo, atos de indiferença, desonestidade, que destoam assombrosamente dos primeiros.
Como podem coexistir as duas coisas? Que mundo estranho é esse?
Primeiramente, sinalizemos que os movimentos de amor ao próximo, nesses momentos, os gestos de auxílio e entrega são infinitamente maiores do que os de desatino.
As ações tresloucadas, que não fazem sentido, ainda nos assustam. Não se encaixam. E é bom que as sintamos assim.
No entanto, da mesma forma que chegam aos nossos ouvidos, devem também desaparecer. O mal não merece repercussão, não merece ser notícia.
Já demos espaço demais para divulgar o negativo, o absurdo, o escândalo. E nunca foi em nome de um cuidado social, como alguns de nós alegamos.
Divulgamos o mal, pois ele ainda seduz, ainda gera interesse. Muitos ainda queremos assistir o vídeo de certa celebridade agredindo um companheiro.
Que curiosidade doentia é essa? Nem nos damos conta de que isso se tornou vício.
Demos um basta nessa nossa atitude. É hora de mostrarmos o bem em ação. Mostrarmos a dor do ser humano para que derreta nossa indiferença.
Também para podermos exibir tudo que está sendo feito em nome do amor.
Nas grandes catástrofes vemos como o bem atua em muitas frentes.
O ser humano tem a possibilidade de colocar em prática aquilo que tem de melhor, aquilo que aprendeu dentro de casa, nos mais belos valores familiares, aquilo que aprendeu com os conteúdos morais de sua religião.
O cristão, em especial, tem um compromisso maior, desde que tem muito claro o que precisa ser feito.
Sabemos que não há lugar em que não exista a carência de algum benefício a prestar ou alguma coisa a fazer.
Nesses momentos, vê-se como o trabalhador do cristo se dispõe ao trabalho. Não espera. Não reflete demais, evitando que o socorro chegue tarde.
Ele recorda do samaritano na estrada recolhendo aquele homem. Simples assim. Alguém em necessidade urgente.
Atende da melhor forma que pode, dentro de suas possibilidades. Sem alarde. Sem querer saber quem era. Sem querer reconhecimento. E vai embora. Segue seu caminho.
Não fica a pensar em quantos passaram por ali e não atenderam. Não fica pensando no que lhe aconteceu e tecendo em sua mente altas reflexões sobre a maldade que ainda reina no mundo.
Simplesmente atende, como bom instrumento no momento certo, na hora exata. Faz a sua parte.
Que possamos refletir sobre isso e agir. Fazer a nossa parte. Cultivar as iniciativas do bem, sem dar audiência ao mal. Nem no que assistimos ou lemos. Muito menos no que comentamos uns com os outros.
Vamos seguir mostrando a nós mesmos o que temos de melhor.
Redação do Momento Espírita
Em 6.9.2024
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