Bandidos armados
28/10/2024
Eurico Borba*
Não é segredo que “as milicias”, as “facções criminosas”, o “tráfico de drogas”, estão dominando parcelas do território nacional, imiscuindo-se nos governos municipais, estaduais e até no governo federal, com contatos organizados com a bandidagem de outros países. Debocham do desmoralizado Estado e atemorizam a população.
O Estado Brasileiro, desmoralizado, está sendo ultrapassado pelo crime organizado, sem condições de reagir, pois a discussão, mal conduzida, sobre os “direitos humanos” dos bandidos, impede que as urgentes e necessárias decisões saneadoras, radicais, sejam tomadas.
Estamos, já há alguns anos, vivendo uma guerra civil. Alguém nega este triste fato? Cidadãs e cidadãos de todo o Brasil tem medo de sair de suas casas, os bandidos, em grande número, assaltam armados, não só para intimidar, mas para atirar, matando e ferindo pessoas. As forças policiais, (algumas vezes corrompidas pelo crime organizado), são enfrentadas com armas pesadas contrabandeadas e quando reagem, matando alguns, a imprensa apresenta o fato junto com um juízo de valor, um julgamento: quase sempre acusando a polícia de ter usado de força demasiada. No Poder Executivo, no Congresso Nacional e nas Câmaras e Executivos Estaduais o tema é motivo para péssimos discursos demagógicos e nenhuma providencia eficaz, global e continuada, seja determinada.
Em 2023, segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 46.328 mortes violentas foram registradas. No Brasil ocorrem 22,8 mortes intencionais por 100.000 habitantes. Segundo O Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), as mortes no Brasil são quase 4 vezes maiores que a média mundial de homicídios, (5,8 por 100 mil habitantes): 10% de todos os homicídios cometidos no mundo.
Inaceitável, não podemos mais suportar este clima de medo generalizado e violência. O Estado Brasileiro precisa tomar vergonha, recompor sua dignidade e atender aos protestos e exigências do seu povo. Bandidos armados, de qualquer idade, atirando, devem ser eliminados por uma polícia fiscalizada, bem treinada, bem equipada e bem remunerada.
Pouco adianta prender. Os presídios superlotados não regeneram ninguém. A prisão é, apenas, um ato de vingança da sociedade, retirando de circulação os criminosos mais perigosos, por algum tempo.
Sem mais discussões. Ação saneadora radical já.
*Eurico de Andrade Neves Borba, 84 anos, ex professor da PUC RIO, ex Presidente do IBGE, é do Centro Alceu Amoroso Lima para a Liberdade, mora em Ana Rech, Caxias do Sul, eanbrs@uol.com.br
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