domingo, 8 de junho de 2025

O país do futuro em ruínas - Alex Pipkin, PhD


O país do futuro em ruínas

Alex Pipkin, PhD

          O Brasil, outrora celebrado como o “país do futuro”, vive hoje sob o torpor letárgico de um modelo econômico esgotado, autofágico e moralmente falido.

É como um navio enferrujado, onde os passageiros tiram selfies no convés enquanto a água invade a casa de máquinas. A dívida pública cresce como uma massa disforme, impagável, e o governo finge que não vê. O lulopetismo, fiel à sua natureza, não tem qualquer compromisso com disciplina fiscal. Gasta como se houvesse amanhã. E não haverá.

Enquanto o país sangra, a Esquerda Letrada preserva sua fórmula de poder: compadrio no topo e dependência na base.

De um lado, subsídios bilionários sustentam empresas zumbis, ineficientes e blindadas contra a concorrência. Em 2025, mais de R$ 615 bilhões foram drenados para manter vivos setores improdutivos. É o capitalismo do compadrio, ou seja, uma elite empresarial mantida em incubadora estatal, sustentada por renúncias fiscais, favores regulatórios e proteção contra a competição internacional.

De outro, o assistencialismo crônico, vendido como justiça social, mas operado como máquina de dominação eleitoral. Mais de R$ 270 bilhões, ou 2,5% do PIB, foram transferidos para programas como o Bolsa Família e o BPC. Não se trata de autonomia, mas de um sistema de domesticação coletiva. Distribui-se dinheiro para manter votos. Compra-se lealdade com o suor do pagador de impostos.

Até quando aceitaremos esse pacto silencioso? Onde está a coragem de romper com essa engrenagem perversa que premia a dependência e pune quem produz? A “elite” do funcionalismo público trabalha e vive em Nárnia!

Esse duplo veneno é o coração do projeto lulopetista! Um modelo que paralisa a produtividade, desincentiva o mérito, desmoraliza o esforço e entorpece a sociedade. Tudo isso embalado em discursos sobre “inclusão” e “justiça social” que apenas perpetuam o atraso.

Enquanto isso, a dívida pública se aproxima de 80% do PIB, os juros devoram o orçamento e o déficit é maquiado com truques contábeis. O Brasil caminha, sem freios, para um colapso fiscal antes de 2030.

Não há mais espaço para reformas cosméticas. É preciso cortar com bisturi, não com espátula. Extinguir o compadrio, desmontar o assistencialismo eleitoreiro e devolver ao brasileiro a dignidade de produzir, competir e prosperar. Isso exigirá coragem. E enfrentamento de verdade.

Não há mais tempo de espera. Ou encerramos esse ciclo de decadência ou aceitaremos, como cúmplices, o colapso iminente de um país que já foi promissor — o eterno país do futuro que nunca chega.


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