Neste momento de desordem econômica e política é natural
a presidenta Dilma Rousseff, indicada como responsável por todos os males do
país, pela população e pelos políticos, especialmente, se arriscar a “jogar
merda no ventilador”, como aconteceu véspera da sua viagem aos Estados Unidos,
em junho. “Não vou responder pela merda dos outros” – teria dito enfurecida com
atos errados feitos por outrem e atribuídos a ela. Vendo o cerco se fechar nos
órgãos e poderes fiscalizadores e com grande alta de desconfiança e
desaprovação da opinião pública a presidenta Dilma destemperou-se
emocionalmente.
No Congresso Nacional cresce o medo diante das ações da
Operação Lava Jato, da Polícia Federal, resultando na apreensão de veículos e
outros bens de senadores, acusados de participarem dos esquemas de corrupção
que ocorrem descaradamente no Brasil. São constrangimentos que nenhum homem de
bem, com o mínimo de vergonha na cara, gostaria de passar. O senador Fernando
Collor e o seu colega, conterrâneo e presidente do Congresso, Renan Calheiros,
afetados diretamente nesses episódios, demonstram pavor. Recorrem a tudo e a
todos os argumentos para se transformarem de vilões a vítimas.
Ninguém sabe ao certo o que vai acontecer a partir de
agosto ou “quando setembro vier”, mas está difícil para o governo petista
readquirir a confiança da população brasileira que sofre as maiores
conseqüências dessa (dês) governança instituída irresponsavelmente no Brasil.
Resta-lhe, então sapecar fogo nas instituições e esperar para vê o que
acontece. No TCU, agora, tiram terra dos pés do presidente, já que o filho
dele, Tiago Cedraz entra na lista dos investigados pela Lava Jato.
No Congresso Nacional o presidente da Câmara, Eduardo
Cunha (PMDB-RJ) anuncia o rompimento com o governo e Renan Calheiros promete
para o início de agosto, instituir duas CPIs: a do BNDS e a do Fundo de
Pensões. Não bastam esses fatos para se concluir que os três poderes (Executivo,
Legislativo e Judiciário) estão em guerra?
É, mas, o destempero da presidenta e essa “guerra”
anunciada, no frigir dos ovos, atingem de cheio o bolso e a mesa dos
trabalhadores - os mais sacrificados - porque ao final de tudo são eles quem
paga a conta. Os corruptos, em que pese o constrangimento, terminam tendo
algumas vantagens e continuam influenciando nas decisões políticas e
administrativas, sob o tímido e desconfiado olhar da sociedade. E mais: há
grande pressão em curso para tirar da PF e do MPF essa força avassaladora...
CPI DA SAÚDE
Está acordado entre os deputados, na Assembléia
Legislativa, que a CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Saúde será
instalada logo após o recesso, em agosto. O requerimento está assinado por 29
dos 42 parlamentares e tem o objetivo de apurar irregularidades ocorridas
naquela pasta, na gestão do ex-deputado Ricardo Murad. Notícias de bastidores
dão conta de que o ex-secretário estaria se preparando para responder aos
questionamentos dos membros da CPI, e que, no bojo das respostas, alguns
deputados poderiam, direta ou indiretamente, serem envolvidos nas supostas
irregularidades.
Diante dessa perspectiva e conhecendo Ricardo Murad, tem
deputado tomando calmante, temendo ser atropelado pelo “trator” – como é conhecido
o ex-secretário. Daí alguns observadores entenderem que essa CPI da Saúde será
mais uma a terminar em pizza. Caso seja instalada, terminará de acordo com o
interesse dos envolvidos. Como sempre.
SANTA INÊS
Denúncias do município de Santa Inês e cobrança de
providências por parte da Secretaria de Saúde do Estado chegaram à coluna: o
hospital de 100 leitos construído e equipado pela gestão anterior ainda não foi
inaugurado e entregue à população pelo atual governo, causando indignação à
população e prejuízos ao erário. Os equipamentos, segundo os denunciantes estão
se deteriorando, enquanto a população sofre por falta de atendimento e
internação em toda a região. “Está faltando interesse da Secretaria de Saúde,
do prefeito e dos nossos representantes na Assembléia Legislativa” – acentua o
“manifesto”.
PEDRO FERNANDES
O deputado federal Pedro Fernandes está se desdobrando
nos trabalhos de presidente da Comissão Especial que trata da PEC 395/14, que
permite cobrança por especialização em universidades públicas e o
fortalecimento do PTB no Maranhão, do qual é o presidente regional.
DENÚNCIA
“A Secretaria de Estado do Turismo mudou-se para o bairro
do Calhau, mais precisamente para a Avenida dos Holandeses. Funcionava na Rua
Portugal – Centro Histórico” – a informação é do Guia de Turismo do Maranhão,
prof. Simão Cireneu Ramos que, também denuncia: “Neste local havia um posto de
informação turística. Os visitantes (turistas) tinham acesso fácil, conseguiam
mapas da cidade, folders informativos sobre hotéis, restaurantes, passeios
turísticos, inclusive em Alcântara, São José de Ribamar, Raposa, lençóis
maranhenses”.
Poderiam (os turistas) solicitar os serviços de um guia
porque ali funcionava o sindicato da categoria. “Tudo acabou – acrescenta Simão
– e o prédio é mais um que está abandonado, sujeito a ser inserido na lista dos
que já estão em ruínas. A secretária Delma Andrade veio de Brasília. Não
conhece o Maranhão. E agora? Qual é o turista que irá (ou virá) até o calhau
para obter informações sobre os atrativos turísticos do Maranhão? – indaga e
conclui o decano guia turístico do Maranhão: “É um absurdo”!
PICARETAGEM
No último domingo Dr.Pêta comentou e reprovou o anti -
jornalismo praticado por um repórter do Sistema Mirante, que de forma premeditada,
na campanha de 2012, desconstruiu a administração do então prefeito João
Castelo, candidato à reeleição, omitindo obras importantes construídas por ele,
apenas para prejudicá-lo eleitoralmente. O repórter confessou que tomou essa
atitude nefasta, e atribuiu a culpa a então deputada Gardênia Castelo,
considerada por ele “arrogante.” Não tenho procuração para defender a
ex-parlamentar, mas essa justificativa não procede. Gardênia é uma pessoa
dócil, tratável, educada.
Naturalmente, o repórter tentou tirar vantagens pessoais,
para não avançar nos comentários desairosos contra Castelo e, ela, como não
aceitou a chantagem e reagiu. Isso não é jornalismo, chama-se picaretagem,
abominável por este colunista e pela maioria dos verdadeiros profissionais da
área. Sente-se, por essas e outras razões, o descrédito da classe junto à
opinião pública para vergonha dos que exercem com isenção, respeito e
dedicação, a brilhante missão de informar e formar opinião. Agora Castelo segue
em frente, reconhecido como excelente executor de obras, por grande parcela da
população. E ele, o repórter aloprado e aloirado, está aí, repudiado pelos bem
intencionados.
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