A imigração haitiana no Brasil é um fenômeno que ganhou
grande dimensão após o terremoto que abalou o Haiti em 12 de janeiro de 2010
provocando a morte de mais de 300 mil pessoas.
A opinião que sempre tive sobre os haitianos que migram para
o Brasil, encontrei respaldo nesta reportagem da Folha de SPaulo.
A presença deles assusta a todos nós brasileiros.
Preconceituosamente achamos que eles vieram para nos roubar. Roubar nossos
empregos é o mínimo que pensamos deles.
Brasileiros, não se iludam. Os haitianos que vêm para cá são
educados, trabalhadores e principalmente politizados. Sabem o que vão encontrar
e as suas garantias como estrangeiros.
Enxergam o Brasil, assim como os brasileiros enxergam os
EUA. Uma terra promissora para as suas ambições.
Diferente dos brasileiros que no estado americano se submetem
a viver clandestinamente, aqui quando eles chegam dirigem-se aos orgãos
competentes para garantir o exílio.
Em janeiro, notei um sotaque diferente num
"carinha" que me serviu isca de peixe e caipirinha na beira da praia
e perguntei-lhe:
_ Você está falando meio espanhol meio português comigo
porque pensa que sou argentina? _essa é uma época de muitos argentinos nas
nossas praia.
Para minha surpresa, ele educadamente respondeu:
_Não. Sou haitiano.
No Posto de Gasolina, ao ouvir a voz com sotaque estranho do
frentista, desta não errei e perguntei:
_Você é haitiano?
Confirmada a procedência, ele disse chamar-se Assilim. Está
há dois anos no Brasil. Veio com a mulher e deixou dois filhos no Haiti. Dois
filhos com mulheres diferentes que ficaram com as mães.
A mesma educação, uma fala mansa, não fez cerimônia na hora
de posar para a selfie.
Simpatia num belo rosto que não esconde um acerta tristeza
no seu olhar.
#shellnosuperlinda
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