Jersan Araújo
Hoje, dia 16 de agosto, a população brasileira está se
manifestando nas ruas, contra o governo de Dilma Rousseff (PT), acusada de
protagonista principal da caótica situação do Brasil que mergulhou em uma crise
econômica jamais vista nas últimas três décadas. Aliada à crise econômica, os
desacertos se agigantam, também, na corrupção que, em que pese às ações da
Polícia Federal e do Ministério Público Federal, continua funcionando,
avançando e sinalizando que essa onda faz parte do cotidiano da atual administração.
A cada dia, mais corruptos são identificados e investigados como se essa
prática nociva ao país, jamais terá um fim.
São bilhões de reais subtraídos dos cofres públicos que
fazem falta no bolso do trabalhador brasileiro e do funcionalismo público que
sentem a inflação corroendo o seu salário. Há exceções: os mais de 23 mil
ocupantes de cargos comissionados do governo, indicados por políticos da base
aliada, distribuídos nos 39 ministérios e que recebem altos salários, muitos
deles sem trabalhar. A disparidade é constatada quando é sabido que nos Estados
Unidos, apenas oito mil ocupam cargos comissionados no governo.
A redução do número de ministérios e dos cargos
comissionados é cobrada por senadores do governo e da oposição, mas a
presidente Dilma Rousseff faz ouvido de mercador e veta qualquer reajuste de
salário proposto pelo Congresso Nacional a determinadas categorias de
funcionários públicos que, efetivamente, no exercício dos seus cargos,
contribuem para aumentar a arrecadação no país.
O protesto de hoje deverá servir de alerta e o governo
federal como um todo acompanhará o movimento com preocupação. As reivindicações
da sociedade civil são justas porque o Brasil, realmente, precisa mudar. Como
está não pode ficar.
LEGITIMIDADE DO VOTO
A presidente se agarra ao argumento de que foi eleita
legitimamente pela vontade da maioria dos brasileiros e que essa legitimidade
do voto deve ser respeitada e preservada. Sim. Ela conseguiu enganar essa
maioria na campanha eleitoral, não cumpriu uma só promessa e agora surge a
cobrança da conta que ela não pretende pagar. A confiança foi depositada nela e
ao descumprir o que prometeu fazer em benefício do país e da sua população,
perdeu credibilidade e está sendo instada a pedir para sair. Se há incongruência
é dela e não de quem a contesta hoje.
A população cobra direitos, apresenta reivindicações justas
e inadiáveis, compatíveis com a realidade nacional. A “Agenda Brasil” contendo
sugestões do senador Renan Calheiros (PMDB-AL) é “cosmética” e visa apenas
adiar decisões urgentes que precisam ser tomadas para o Brasil voltar a
crescer, a se desenvolver e a retomar o trilho da moralidade pública.
A presidente Dilma Rousseff não deveria contar com a
alardeada legitimidade do voto, no momento em que mais de 70% dos eleitores que
votaram nela, retiram o seu apoio, desaprovam o seu governo e fazem protesto
nas ruas, pedindo que ela seja “apeada do poder”.
CASSAÇÃO DO DIPLOMA
Além das denúncias que envolvem a campanha da presidente
Dilma Rousseff no recebimento de dinheiro da corrupção da Petrobrás e as
“pedaladas fiscais” que podem levar o Tribunal de Contas da União a rejeitar a
sua prestação de contas referentes ao ano de 2014, o Tribunal Superior
Eleitoral examina a prestação de contas da campanha, também, de 2014, e, pelo
menos três dos sete ministros, já admitiram que ha indícios de irregularidades
na documentação. A representação é de autoria da coligação “Muda Brasil” que
apoiou Aécio Neves – presidente e deverá ser julgada conclusivamente nos próximos
dias, pelo TSE. A cassação do diploma de Dilma, nesse caso, atingiria, também,
o do vice-presidente, Michel Temer (PMDB).
EDUARDO NO PCdoB
O ex-prefeito de São João Batista, Eduardo Dominici deverá
assinar a ficha de filiação do PCdoB, nos próximos dias. Líder absoluto em
todas as pesquisas de opinião, como um dos postulantes à Prefeitura daquele
município, Eduardo Dominici esteve reunido recentemente com o secretário Marcio
Jerry e o deputado Othelino Neto, membros do Partido Comunista do Brasil, que
teriam convidado o ex-prefeito a ingressar na legenda.
O PCdoB de São João Batista, até então tinha como presidente
o vereador Luís Everton que no ano passado, em entrevista concedida a uma
emissora de rádio local (Beira – Campo) e rompeu politicamente com o alcaide.
Como justificativa denunciou o prefeito de praticar irregularidades à frente da
administração. Dias depois, porém, Amarildo, o vereador Luís Everton e outros
vereadores que igualmente se declararam rompidos, se “entenderam”, os ânimos se
acalmaram e o prefeito voltou a contar com o apoio da maioria dos 11 (onze)
integrantes da Câmara Municipal.
Hoje, lado a lado com o prefeito Amarildo Pinheiro, ninguém
aposta um palpite sobre o futuro de Everton (se fica no PCdoB sem chance de
disputar o cargo de prefeito ou se vai para outro partido para se credenciar a
disputa eleitoral). Enquanto Eduardo Dominici lidera todas as pesquisas, o
vereador Luís Everton aparece nas últimas colocações na preferência do
eleitorado com cerca de 2%.
UNINDO AS CASAS
O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) está empenhado em unir o
Senado e a Câmara Federal, presidida pelo “rebelde” deputado Eduardo Cunha
(PMDB-RJ) em torno das propostas contidas na “Agenda Brasil” de sua autoria. Os
dois estão na mira da Lava Jato.
SEM O DÉCIMO
No final da tarde de sexta-feira (14) a presidente Dilma
Rousseff teria cancelado o pagamento de 50% do décimo terceiro salário de
aposentados e pensionistas, programado para o início de setembro.
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