O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, determinou nesta terça-feira (18) que a PF abra inquérito para apurar a violação de sigilo bancário da LILS, empresa do ex-presidente Lula que gerencia suas palestras.
A investigação foi motivada pela divulgação, em reportagem
da revista “Veja”, de um relatório do Coaf (Conselho de Controle de Atividades
Financeiras), órgão do Ministério da Fazenda, mostrando que, entre 2011 e 2014,
a empresa recebeu R$ 27 milhões.
Deste total, R$ 10 milhões foram pagos por empreiteiras
investigadas na Lava-Jato.
Em nota divulgada nesta terça-feira, o Instituto Lula
afirmou que a violação do sigilo é “criminosa” e “atinge não só um
ex-presidente da República, mas toda a sociedade brasileira”.
O Instituto informou que Lula deu 70 palestras a 41 empresas
numa “atividade legítima, que Lula exerce legalmente desde que deixou a
Presidência da República, a exemplo de outros ex-presidentes do Brasil”.
Lula deu palestras às seguintes empresas e instituições:
Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industriais
(ABAD); Associação de Bancos do México; Abras — Associação Brasileira de
Supermercados; América Latina Logística (ALL); Ambev; Andrade Gutierrez; Banco
Santander; Bank of America; BBVA Bancomer; BTG Pactual; Camargo Corrêa; Centro
de Estudos Estratégicos de Angola; Centro de Formacion y Estudios en Liderazgo
y Gestion (CFELG - Colômbia); Cumbre de Negócios (México); Dufry do Brasil;
Elektra; Endesa; Gás Natural Fenosa; Grupo Petrópolis; Helibrás; Iberdrola; IDEA
(Argentina); INFOGLOBO; Itaú BBA; LG; Lojas Americanas; Microsoft; Nestlé; OAS;
GDF Suez Energy Latin America; Odebrecht; Pirelli; Queiroz Galvão; Quip;
Revista Voto; Sinaval; Telmex; Telos Empreendimentos Culturais; Terra Networks;
Tetra Pak; UTC.
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