Um jovem de nome Augusto Lima Prado, nascido em 20/04/41, em Recife-PE, filho de Maria Lima Prado e José Maria Prado, que desde a tenra idade já despertando interesse em seguir as Forças Armadas; tinha o hábito de imitar os saldados, marchando fazendo os movimentos pra frente, direita, esquerda e a tradicional continência em respeito ao superior. Augusto logo que foi pra escola, e ficando entusiasmado com o desfile tradicional que reunindo centenas de crianças todos anos, era o mais entusiasmado se sentindo realizado, desfilando como gente grande, chamando a atenção do público que o aplaudiam bastante; Augusto impressionando a todos, por ser tão pequeno e aplicado desfilando.
Augusto ao
atingir (18) dezoito anos, como qualquer jovem alistando-se no Serviço Militar
e ficando na expectativa de sua convocação para seguir a tão sonhada carreira.
O jovem era tão focado pelas Armas fazendo também o Curso Asas do
Brasil(Aeronáutica) para Sargento, e o exame para Aprendiz de Marinheiro, tendo
sido aprovado, ficando no aguardo do dia para viajar para a Escola de
Aprendizes de Marinheiro, em Fortaleza-CE; o jovem ia costumeiramente na
Capitania dos Portos, para saber quando seria o dia do embarque , sem contudo
ter uma resposta positiva. Enquanto isso aguardava a sua convocação para o
Exército; chegando o grande dia, levantando cedo e preparando-se cuidando do
visual, escolhendo a melhor roupa, querendo se apresentar bem; após fazer os
exames, foi considerado "Incapaz Definitivamente Não Podendo Exercer
Funções MIlitares"; o jovem ficou surpreso e desapontado por não ter
nenhum defeito físico e nem mental, mesmo não tendo se apresentado na primeira
convocação não era motivo para radicalização.
Augusto sentiu
uma profunda frustração por não ter realizado
o seu sonho, o Exército, e logo
foi até a Capitania dos Portos, saber do embarque para Fortaleza, e o Sargento fez a pergunta que já tinha feito
a outros jovens: já se apresentou ao Exército? a resposta foi sim, mas não
fiquei; o Sargento concluiu, vocês são tolos, se referindo aos demais jovens
que não deveriam se apresentar a outra instituição, sendo assim, não tem como
seguir a carreira da Marinha de Guerra do Brasil, infelizmente, mas essa é a realidade.
O jovem Augusto
não estava acreditando que o seu sonho de criança lhe trouxesse tanta
frustração; fez uma carta e enviou ao Diretoria do Curso Asas do Brasil,
contando o ocorrido, tendo como resposta que lamentavam, mas não podiam fazer
nada. Augusto resolver ir morar com uma tia em Belém do Pará, com uma promessa
de emprego; eis que ao lê o jornal Folha do Norte uma matéria seletiva de
homens para a Marinha Naval, e Augusto não perdeu tempo e procurando o setor de
inscrição e coincidentemente o Sargento responsável era seu conterrâneo, foi
uma festa, mas ao pedir os documentos de Augusto, o Sargento não gostou do que
viu, o Certificado era negativo, mas o Sargento além de solícito com o conterrâneo
deu-lhe esperança, dizendo que ainda havia chance, que se dirigisse ao Exército
e contasse a sua situação, que talvez pudesse fazer novos exames, e assim foi
feito Augusto recebeu do Exército a esperança, mas que teria que voltar após um
ano para novos exames e possivelmente anular o atual Certificado e expedido
outro.
Augusto já
desanimado começou a trabalhar, namorar e casar com a jovem Maria da Luz;
tiveram 3 filhos: João Pedro Prado, Roberta da Luz Prado e Augusto Prado Filho;
todos formados e independentes. Apesar da grande frustração de Augusto por não
ter o seu sonho realizado nas fileiras, mas muito feliz por ter encontrado uma
mulher de raras virtudes.
Augusto embora
feliz não esconde seu sentimento, sempre que há uma oportunidade desabafa,
questionando porque que muitos não
querem servir e são obrigados? Mesmo que seja por pouco tempo? Enquanto outros
que têm vocação são excluidos, incluindo
a si mesmo.
Agenor Boaventura
dos Santos/Pedagogo/Pós-graduação em Docência Superior/Poeta.
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