terça-feira, 8 de dezembro de 2015

Ouçam-me os peixes


Crônica do amanhecer

Por Hélcio Silva

(08/12/2015)


Nasci na praia de Santo Antônio, assim diziam ser... e a minha primeira Igreja a frequentar foi a de Santo Antônio, ainda no mesmo lugar, na mesma praça, na mesma cidade de São Luís.
Moleque de calça curta, eu assistia às missas e estudava o catecismo. Toda a molecada da época assim era... Havia, na praça, pés de amendoeiras, de onde nasciam frutas doces...
Na ilha havia muitas amendoeiras!
Eu sempre ouvia falar de Vieira  - o padre da encrenca!... Não o conheci..., que pena!
... Hoje - e mesmo não sendo dia de Santo Antônio – fui procurar Vieira...
- E gritei perguntando... Oh, Vieira, onde estás?
Encontrei-o em Sermão..., aquele do Bom Ladrão.
E li alguns textos... E vi!..., e ouvi!...
Novamente Vieira vai invocar as palavras de Santo Tomás de Aquino:
“(...) aquele que tem obrigação de impedir que se furte, se o não impediu, fica obrigado a restituir o que se furtou. E até os príncipes que por sua culpa deixaram crescer os ladrões, são obrigados à restituição; porquanto as rendas com que os povos os servem e assistem são como estipêndios instituídos e consignados por eles, para que os príncipes os guardem e mantenham com justiça. “
Ufa! Lembro-me de Bethânia... Encontrei a Bethânia... Finalmente encontrei a Bethânia e a deixo falar com vocês, lembrando os peixes... Outra vez os peixes!... “Já que não me querem ouvir os homens, ouçam-me os peixes”...
                                                      


Até mais ver...

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