Marcelo Crivella (à esquerda) e Marcelo Freixo (à
direita) participam de debate da Band
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Os candidatos Marcelo Crivella (PRB) e Marcelo Freixo
(PSOL) começaram o primeiro debate do segundo turno da eleição para a
Prefeitura do Rio de Janeiro, nesta sexta-feira (7), tentando associar o PT e o
escândalo de desvio de dinheiro da Petrobras, investigado na Operação Lava
Jato, ao adversário. Foi um dos poucos atritos entre os dois, que após este
embate baixaram o tom e focaram o debate sobretudo em propostas de governo.
Esta semana, o PT declarou apoio a Freixo. Nas eleições
deste ano no Rio, o PT não teve candidato próprio, mas integrou a chapa da
deputada federal Jandira Feghali (PCdoB), com o vice Edson Santos.
O partido sofreu uma grande derrota nas urnas, perdendo
inclusive a Prefeitura de São Paulo, a maior cidade do país, governada pelo
prefeito Fernando Haddad (PT). Segundo a Comissão Executiva da legenda, o
desempenho eleitoral "superou as expectativas mais pessimistas".
"Você tem ao seu lado partidos que protagonizaram
grandes escândalos. O escândalo do petrolão é o maior da história. Eles são os
seus maiores aliados", declarou Crivella.
"Eu quero falar uma coisa para o senhor, partidos
que apoiam no segundo turno existem, tem do seu lado, tem do meu, eu não fiz
parte do governo que você chama de petrolão, você fez candidato, você foi
ministro, eu não fui", respondeu o deputado estadual do PSOL, em
referência ao período em que o adversário ocupou o Ministério da Pesca, no
governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
O embate entre os candidatos ocorreu quando Freixo
atribuiu à campanha e a "aliados" de Crivella "uma chuva de
mentiras e calúnias" divulgadas a respeito dele nesta semana e convidou o
adversário a desmenti-las.
Com o início do segundo turno, ganharam força os ataques
e compartilhamento de boatos contra os candidatos nas redes sociais. Entre
eles, a relação tem sido cordial desde o começo da campanha.
Em outro momento, Crivella citou propostas de Freixo para
criar novas secretarias e empresas públicas, lembrou a redução do orçamento da
prefeitura em R$ 3 bilhões e questionou: "como encontrar recursos para aumentar
ainda mais a máquina do governo municipal?".
Na resposta, o candidato do PSOL prometeu acabar com
quadros comissionados --"essa é uma grande economia"-- e criticou uma
proposta do adversário, lembrando uma ação do presidente Michel Temer (PMDB), apoiado
por Crivella. "Você está anunciando que vai pegar a Secretaria de Cultura
e transformar em Cultura, Esporte e Lazer, tudo numa secretaria só. Eu não acho
boa ideia, Crivella [...] você está copiando um pouco o que o Temer ameaçou
fazer, terminar secretaria não significa reduzir gastos necessariamente",
declarou.
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