Carlos Chagas
Papelão pior do que no primeiro turno das eleições
municipais está fazendo agora o PT, menos pelos votos que não teve no país
inteiro, mais por parecer definitivamente rachado. Os companheiros hesitam em
mudar de uma vez seus dirigentes, aproveitando a oportunidade para renovar-se,
dar a volta por cima e recomeçar de novo.
Bem que o Lula dá o exemplo, negando-se a presidir o
partido e dispondo-se a continuar como simples soldado. Claro que permanecerá à
disposição para candidatar-se à presidência da República em 2018, mas gostaria
de ver gente jovem no comando. Por enquanto, preocupa-se em saltar de banda
diante das investidas do juiz Sérgio Moro, mas se escapar da cadeia, estará
onde sempre esteve, ou seja, candidatíssimo. Quanto a poder empolgar as massas,
como no passado, dependerá dele e do PT sob nova direção.
A duvida é saber quem e como. Tarso Genro e Patrus
Ananias não serão propriamente renovação, mas podem considerar-se limpos. Seria
necessário que começassem do zero, desenvolvendo agressiva campanha contra as
reformas do governo Michel Temer. Retomar os laços perdidos com o sindicalismo
está na ordem do dia, mas é preciso não apenas gente nova, senão propostas
novas. A partir das realizações dos dois mandatos do Lula e desconsiderando
Dilma Rousseff e a quadrilha hoje na cadeia, a luta precisará ser ideológica.
Recomeçar é preciso...
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