Edgard Júnior, da Rádio ONU em Nova York.
A ONU alerta que a cada ano US$ 2,6 trilhões de dólares
são roubados em todo o mundo por meio de corrupção.
Se esse valor representasse o Produto Interno Bruto, o
PIB, de um país, ele seria a sexta maior potência econômica global, atrás
apenas dos Estados Unidos, China, Japão, Alemanha e Reino Unido. Os dados são
do Banco Mundial, de 2015.
Propinas
E isso não é tudo: anualmente, US$ 1 trilhão de dólares
são pagos em propinas e os países em desenvolvimento perdem até US$ 40 bilhões
durante o mesmo período por causa desse tipo de crime.
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou que a
corrupção "sufoca pessoas, comunidades, nações e destroi a economia e o
desenvolvimento social, além de aumentar a pobreza".
Para marcar o Dia Internacional Contra a Corrupção, este
9 de dezembro, Ban declarou que "embora nenhum país seja imune, todos
devem enfrentar a responsabilidade de eliminá-la".
Ele disse que a prática enfraquece a educação e a saúde,
contamina os processos eleitorais e reforça injustiças ao desmoralizar os
sistemas de justiça criminal e o Estado de Direito.
Obstáculo
O chefe da ONU declarou que a corrupção é um obstáculo
para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, ODSs, que reúnem 17
objetivos e 169 metas que devem ser implementados até 2030.
Ban disse que o objetivo 16 pede, especificamente,
reduções significativas em relação à corrupção e propinas. Além disso,
determina o desenvolvimento de instituições de maneira efetiva, confiável e
transparente, em todos os níveis.
O secretário-geral afirmou que "os países precisam
reafirmar o compromisso para acabar com a fraude e a desonestidade que estão
ameaçando a Agenda 2030 e os esforços para alcançar a paz e a justiça para
todos".
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