FRANCINE MARQUEZ
Algumas mulheres estão perdendo o foco e travando uma
guerra onde o objetivo deixou de ser a busca pela igualdade e começou a ser a
busca pela superioridade.
E aí, ao contrário do que desejavam, se tornam iguais
aquilo que combatem, se tornando tão opressoras como seus opressores. Um
exemplo disso são as radicais feminazis.
É fato que durante séculos as mulheres foram excluídas da
sociedade, sofrendo diversas formas de humilhações. Elas não podiam estudar,
pensar, expressar suas ideias, votar, trabalhar fora de casa, viviam fadadas à
sombra dos homens. Porém, o que devia ter servido de lição, “não fazer aquilo
que não gosta que façam com você”, virou vingança.
Agora, a liberdade foi trocada pela libertinagem, e, ironicamente, as mulheres estão cada dia mais fazendo aquilo que os homens fazem e elas detestam. A postura mudou em todos os sentidos, por exemplo, na noite agora são elas as “caçadoras”, partem para a balada com as amigas preparadas para pegar todos. Não querem saber de relacionamentos sérios, pois não querem abrir mão de seus desejos em prol do outro, esquecendo que amor é troca e abdicação, muitas vezes. Agora se tornaram tão egoístas quanto aqueles que criticavam.
Outra ideia errônea, “sou dona do meu corpo, por isso
posso fazer o que quiser com ele”. Ah sim, o seu direito de sair sem camisa na
rua ou com uma roupa muito curta à noite e desacompanhada não é capaz de
exterminar os doentes mentais, psicopatas e estupradores que existem nas ruas.
E essas atitudes só tendem a fazer mal para uma única pessoa: você. Qual a
lógica de se colocar em risco, por achar que você tem o direito de andar como
quiser pelas ruas?
Também devemos falar da hipocrisia na igualdade quanto à
criação dos filhos, pois as mulheres muitas vezes ainda tratam as filhas de
forma diferente. Prendendo as meninas em casa, pelo maior tempo possível,
enquanto dão liberdade para os meninos saírem e namorarem desde cedo. Assim,
elas evitam que as meninas tenham suas experiências e as fazem crescer em
redomas de vidro.
O feminismo, na verdade, não é a busca da superioridade
e, sim, da igualdade de direitos e deveres. Mas, se analisarmos, na verdade essa
ideia é um tanto utópica. Veja um exemplo, na igualdade de deveres, que tal a
obrigação das mulheres ao 18 se alistarem nas Forças Armadas? Será que teríamos
êxito? Resistência para toda a rotina militar que os homens são submetidos?
Horas debaixo de sol e chuva, correr com pesos nas costas, submissão a
hierarquia de patentes?
Esse exemplo ilustra bem a ideia que, por mais que se
busque a igualdade, mulheres e homens são diferentes. Isso é genético, é a
diferença entre a testosterona e a progesterona. Uma mulher percebe bem essa
diferença quando vai morar sozinha e precisa fazer alguns serviços de
manutenção, trocar uma telha, instalar uma antena, trocar um chuveiro, uma
carrapeta estragada. Aí se percebe a diferença que a força física faz.
Como mulher, creio que devemos buscar a igualdade dentro
do que é possível. Por exemplo, é ínfimo o percentual de mulheres engajadas na
política, um setor fundamental na sociedade.
É maior o número de mulheres com nível superior, mas os
homens ainda ocupam a maior parte das vagas de emprego e ganham mais. Esses são
temas relevantes para a conquista da igualdade, porque no meu ponto de vista, a
luta deve ser em busca da igualdade naquilo que se faz necessário para a
evolução da sociedade como um todo, não para um ou outro gênero. Porque só
assim a humanidade, formada por mulheres e homens, irá evoluir.
Francine Marquez é jornalista do Diário do Poder
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