Medidas atingem cinco integrantes e um ex-integrante da corte; presidente da Assembleia Legislativa do estado é alvo de condução coercitiva
A polícia Federal está nas ruas na manhã desta
quarta-feira (29) para cumprir mandados de prisão contra cinco conselheiros e
um ex-conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro. O
presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), Jorge Picciani
(PMDB), é alvo de mandado de condução coercitiva, que é quando alguém é levado
a depor.
As medidas são parte da Operação Quinto do Ouro, que
investiga desvios para favorecer membros do Tribunal de Contas e da Alerj, e
têm como base a delação de Jonas Lopes, ex-presidente do TCE-RJ, que fechou
acordo com a Procuradoria Geral da República.
Segundo a PF, os alvos são investigados por fazerem parte
de um esquema de propina que pode ter desviado até 20% de contratos com órgãos
públicos para autoridades públicas, sobretudo membros do Tribunal de Contas do
Rio de Janeiro e da Assembleia Legislativa do Estado.
Quase 200 policiais participam da operação. Os mandados
foram expedidos pelo ministro Félix Fischer, do Superior Tribunal de Justiça, e
são cumpridos no Rio, em Duque de Caxias e em São João do Meriti.
De acordo com a PF, são mais de 40 mandados. Além das
prisões, foram decretados bloqueios de bens e buscas e apreensões.
A assessoria de Jorge Picciani disse às 7h10 que não
tinha informações sobre o mandado contra o deputado. O presidente da Alerj é
pai do atual minsitro do Esporte, Leonardo Picciani.
A operação foi batizada de Quinto do Ouro em referência
ao Quinto da Coroa, um imposto correspondente a 20% que a Coroa Portuguesa
cobrava dos mineradores de Ouro no período do Brasil Colônia, e que acabava
desviado.
Condução de ex-presidente
Em dezembro passado, Jonas Lopes foi levado à depor na PF
na Operação Descontrole, que investiga crimes de corrupção passiva e lavagem de
dinheiro que teriam sido praticados pelo ex-presidente do TCE-RJ e pessoas
vinculadas e ele.
De acordo com a delação premiada de Leandro Azevedo,
ex-diretor da Odebrecht no Rio, Lopes pediu dinheiro para aprovar o edital de
concessão do estádio do Maracanã e o relatório de contas da Linha 4 do metrô do
Rio.
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