Leda Letra, da ONU News em Nova Iorque.
A agência mencionou também 1,5 milhão de feridos, além
dos 13 milhões de deslocados dentro do país e dos 5 milhões de sírios
refugiados em outros países. Segundo a OMS, "a miséria humana por trás
destes números é muitas vezes negligenciada".
Queda na produção
Com milhões de vidas destruídas por conta da guerra, o
setor de saúde na Síria precisa de recursos com urgência. Faltam médicos,
ambulâncias, equipamentos e medicamentos. Assim, várias pessoas feridas acabam
morrendo pela falta de cuidados. A OMS destaca que a produção local de remédios
caiu quase 70%.
A escassez de água potável e de saneamento básico facilita
o risco de surtos de doenças e os índices de vacinação caíram pela metade. Para
640 mil pessoas em áreas cercadas, a situação é ainda mais crítica.
Escolas
A OMS continua fazendo o possível para ajudar os sírios e
no ano passado, conseguiu vacinar 2 milhões de crianças contra a pólio, apoiar
6 milhões de consultas e entregar 10 milhões de medicamentos.
Outro problema são os mais de 330 ataques ocorridos a
trabalhadores de saúde e a hospitais. Para continuar fornecendo assistência ao
longo deste ano dentro da Síria, a OMS precisa de US$ 455 milhões, além de US$
373 milhões para operações de saúde em prol dos sírios refugiados em nações
vizinhas.
A Agência da ONU para Assistência a Refugiados Palestinos
também participa do encontro em Bruxelas. Segundo a Unrwa, 70% das escolas na
Síria deixaram de funcionar devido ao confronto.
Performance
Os centros de ensino foram destruídos, danificados ou
ficaram totalmente inacessíveis pelos confrontos. Muitas escolas também
passaram a abrigar famílias que abandonaram suas casas.
Ao mesmo tempo, os alunos que frequentam as escolas
administradas pela agência da ONU na Síria tem desempenho melhor do que os
estudantes de outros países da região.
O comissário-geral da Unrwa, Pierre Krähenbühl, declarou
em Bruxelas que a informação é "inspiradora". As escolas da agência
são frequentadas por meio milhão de refugiados palestinos na Síria, na
Jordânia, no Líbano e nos territórios ocupados.
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