Carlos Chagas
Além do senador Renan Calheiros e do deputado Aníbal
Gomes, estão sendo investigados pelo Supremo Tribunal Federal os senadores
Valdir Raupp, Garibaldi Alves Filho, Agripino Maia e os deputados Walter Alves,
Felipe Maia, Luiz Sérgio e Jandira Feghali, acusados de receber propina com
recursos desviados da Transpetro. Também
serão incluídos os ex-deputados Henrique Eduardo Alves, Cândido Vacareza, Jorge
Bittar e Edson Santos, além da ex-senadora Ideli Salvatti.
Por enquanto liberada a conta-gotas, a lista de
parlamentares e ex-parlamentares envolvidos com a corrupção chegará a 200, se
não for um pouco mais. Deverão ser declarados inelegíveis, se condenados.
Nossos avós repetiam que “Deus escreve certo por linhas
tortas”, tornando-se necessário dar-lhes razão. Porque renovação igual
dificilmente acontecerá no Congresso. Para melhor ou para pior?
Fica difícil prever. Nunca será demais lembrar o Dr.
Ulysses, para quem “pior do que o atual Congresso, só o próximo”. Em termos de
gente nova, até agora a safra é restrita, nos partidos. Aliás, não é obrigatória
a conclusão de que candidatos mais jovens venham a candidatar-se, ano que vem.
Podem muito bem sair atrás dos votos que não tiveram em 2014 os candidatos de
2018. Se não conseguiram eleger-se antes, suas chances aumentarão, em boa
parte, depois? Começarão deficitários.
Imaginá-los cheios de planos e programas, além de
prematuro, é um risco. No passado, antes da apresentação dos times titulares,
jogavam os reservas. Uma maldade, porque entravam em campo com o sol a pino,
por volta das 13 horas, já que as partidas do elenco principal começavam às 15
ou 16 horas. Seria oportunidade para a
promoção dos reservas?
Com as novas regras limitando e cerceando as campanhas,
proibidas as doações de pessoas jurídicas, levarão vantagem os candidatos mais
ricos. Outro descompasso.
Em suma, a renovação constitui uma dúvida, mesmo
significando inesquecível vassourada nas representações.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.