Foi tudo muito estranho ou burrice... Não salvei e deu pane... E o escrito da tela sumiu e levou o texto... , deixando tudo branco, com mais de 1.200 toques, que voaram!... Estava encerrando a coluna, escrevendo as últimas palavras sobre o tratoraço do Greca... Que azar!... Logo na hora do Greca!!!... Seria o último assunto... O Greca é aquele prefeito de Curitiba com seu pacote de maldades contra os servidores municipais... É um tratoraço contra os funcionários...
Pois é! Depois que escrevi a coluna “Quintal de Casa” de
hoje, só faltando terminar o texto sobre o Greca... Pufiii!!!... Foi tudo pro beleléu... Sumiu!...
Sem ânimo, penso!... Que fazer?!... Não encontro mais
ânimo para escrever outra coluna agora... Logo hoje com tanta novidade na
política...
Porém, não vou desanimar... Publicarei algo antigo... Que
tal começar com uma crônica que escrevi na manhã do dia 31 de janeiro, com o
título: Nós perdemos a beleza da antiguidade...
Aqui vai a crônica:
NÓS PERDEMOS A BELEZA DA ANTIGUIDADE...
Crônica o Amanhecer
Hélcio Silva
(31 / 01 / 2017)
Perdemos a nossa fonte de produção, a nossa pequena
indústria quintalzeira sumiu: não há mais frutas, galinha caipira, o cantar do
galo da madrugada, o pato rei, o capote (catraio)... Da vinagreira nem sinal;
sequer existe um pezinho, no canto do quintal... O cheiro verde, que nasce até
na palma da mão, se houver um pouco de terra, tomou doril: sumiu dos nossos
quintais.
A Ilha, quase infértil, agoniza!...
Aquele jenipapeiro, que a gente batia o jenipapo com
açúcar para deliciosos lanches ou para um jantarzinho antes da dormida, não
mais existe...
Até a praia do jenipapeiro sumiu da nossa Ilha... Tomaram
a nossa praia... Quantos banhos eu lá tomei!...
E muitos dos nossos rios viraram leitos de esgoto... E
nossos peixes morreram asfixiados, perderam a atmosfera da vida...
E os nossos quintais? Transformaram-se em praças
asfaltadas (ou no cimento brabo), muitos até com revestimento de lindas
lajotas... Não nasce um pé de bananeira... Matamos a terra!
E em nome do progresso, fica terminantemente proibido
plantar quiabo, maxixe, vinagreira ou qualquer outro tipo de cultura agrícola
nesta Ilha...
Eu morei numa casa, na rua Jansen Muller 120, que tinha
poço (revestido de pedra, com água pura), um pé de goiabeira, duas mangueiras,
um cajueiro e ainda criação de galinha, pato, peru e capote... Não faltava o
ovo matinal, anunciado pelo canto das galinhas... e os pintinhos na cozinha
fazendo traquinagem..., em todo amanhecer!
Mas, tudo mudou na Ilha... Até os nossos mais históricos
prédios estão se acabando...
Ontem, dei uma caminhada pela cidade e vi... Eu vi,
meninos!... Próximo ao Diamante, na rua grande, olhei, por alguns minutos, o
velho prédio onde funcionou a Secretaria de Educação de São Luís em ruínas: vai
cair... Vi o antigo prédio do SIOGE em destruição,,,
Ah, meninos! Vi também a sede do Grêmio
Lítero Recreativo Português se acabando, em plena praça João Lisboa... O Moto
Bar, como era e como está?
E assim nossa cidade caminha...
Abandonada!... Em total abandono!
O galo não canta mais, a siricora foi embora, os peixes
dos nossos rios morreram, não mais existe a festa da melancia com suas barracas
de palha na antiga beira-mar...
Ah!... O progresso chegou!
E nós perdemos a beleza da antiguidade...
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.