quarta-feira, 7 de junho de 2017

Tudo muito estranho... Meu dia não começou bem...


Foi tudo muito estranho ou burrice... Não salvei e deu pane... E o escrito da tela sumiu e levou o texto... , deixando tudo branco, com mais de 1.200 toques, que voaram!... Estava encerrando a coluna, escrevendo as últimas palavras sobre o tratoraço do Greca... Que azar!... Logo na hora do Greca!!!... Seria o último assunto...  O Greca é aquele prefeito de Curitiba com seu pacote de maldades contra os servidores municipais... É um tratoraço contra os funcionários...

Pois é! Depois que escrevi a coluna “Quintal de Casa” de hoje, só faltando terminar o texto sobre o Greca... Pufiii!!!...  Foi tudo pro beleléu... Sumiu!...

Sem ânimo, penso!... Que fazer?!... Não encontro mais ânimo para escrever outra coluna agora... Logo hoje com tanta novidade na política...

Porém, não vou desanimar... Publicarei algo antigo... Que tal começar com uma crônica que escrevi na manhã do dia 31 de janeiro, com o título: Nós perdemos a beleza da antiguidade...

Aqui vai a crônica:

NÓS PERDEMOS A BELEZA DA ANTIGUIDADE...


Crônica o Amanhecer

Hélcio Silva

(31 / 01 / 2017)

Perdemos a nossa fonte de produção, a nossa pequena indústria quintalzeira sumiu: não há mais frutas, galinha caipira, o cantar do galo da madrugada, o pato rei, o capote (catraio)... Da vinagreira nem sinal; sequer existe um pezinho, no canto do quintal... O cheiro verde, que nasce até na palma da mão, se houver um pouco de terra, tomou doril: sumiu dos nossos quintais.

A Ilha, quase infértil, agoniza!...

Aquele jenipapeiro, que a gente batia o jenipapo com açúcar para deliciosos lanches ou para um jantarzinho antes da dormida, não mais existe...

Até a praia do jenipapeiro sumiu da nossa Ilha... Tomaram a nossa praia... Quantos banhos eu lá tomei!...

E muitos dos nossos rios viraram leitos de esgoto... E nossos peixes morreram asfixiados, perderam a atmosfera da vida...

E os nossos quintais? Transformaram-se em praças asfaltadas (ou no cimento brabo), muitos até com revestimento de lindas lajotas... Não nasce um pé de bananeira... Matamos a terra!

E em nome do progresso, fica terminantemente proibido plantar quiabo, maxixe, vinagreira ou qualquer outro tipo de cultura agrícola nesta Ilha...

Eu morei numa casa, na rua Jansen Muller 120, que tinha poço (revestido de pedra, com água pura), um pé de goiabeira, duas mangueiras, um cajueiro e ainda criação de galinha, pato, peru e capote... Não faltava o ovo matinal, anunciado pelo canto das galinhas... e os pintinhos na cozinha fazendo traquinagem..., em todo amanhecer!

Mas, tudo mudou na Ilha... Até os nossos mais históricos prédios estão se acabando...

Ontem, dei uma caminhada pela cidade e vi... Eu vi, meninos!... Próximo ao Diamante, na rua grande, olhei, por alguns minutos, o velho prédio onde funcionou a Secretaria de Educação de São Luís em ruínas: vai cair... Vi o antigo prédio do SIOGE em destruição,,,  

Ah, meninos! Vi também a sede do Grêmio Lítero Recreativo Português se acabando, em plena praça João Lisboa... O Moto Bar, como era e como está?

E assim nossa cidade caminha...

Abandonada!...  Em total abandono!

O galo não canta mais, a siricora foi embora, os peixes dos nossos rios morreram, não mais existe a festa da melancia com suas barracas de palha na antiga beira-mar...

Ah!... O progresso chegou!

E nós perdemos a beleza da antiguidade...

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