Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação, FAO, fez um alerta na abertura de sua 40ª. Conferência, em Roma.
Segundo a agência, o número de pessoas com fome no mundo
aumentou desde 2015 ameaçando vários anos de progresso na área.
A FAO ainda não pode precisar o número exato deste
acréscimo, mas indica que terá os resultados em setembro.
Mudanças climáticas
Em seu discurso na abertura da conferência, nesta
segunda-feira, o diretor-geral da agência José Graziano da Silva disse que
quase 60% das pessoas que passam fome no mundo vivem em áreas de conflitos e
mudanças climáticas.
Graziano contou que 19 países em situação de crise quase
sempre enfrentam secas e cheias.
A FAO também destacou um alto risco de fome no nordeste
da Nigéria, na Somália, no Sudão do Sul e no Iêmen com quase 20 milhões de
pessoas severamente afetadas.
Áreas Rurais
O diretor-geral informou que o meio de subsistência das
pessoas, a maioria vive em zonas rurais, foi interrompido e muitos ficaram sem
qualquer opção a não ser migrar por causa da crise.
Segundo Graziano, o compromisso para acabar com a fome é
fundamental, mas a questão só será realmente resolvida quando governos
transformarem as promessas em ações concretas em níveis local, regional e
nacional.
O chefe da FAO afirmou que a paz é vital para acabar com
a crise, mas para quem tem fome não é possível esperar a chegada da paz.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, afirmou
no evento que a iniciativa de Fome Zero da ONU é uma forma de se atingir a paz,
a justiça, a igualdade e de preservar o mundo para o futuro.
Na abertura do encontro, discursaram também o chefe do
Programa Mundial de Alimentos, PMA, David Beasley, e o novo administrador do
Programa da ONU para o Desenvolvimento, Pnud, Achim Steiner.
A 40ª. Conferência da FAO deve terminar em 8 de julho.
Cerca de 1,1 mil pessoas estão em Roma participando do evento, que aprovará
também o novo orçamento da agência.
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