DESGARRADO
De João Batista do Lago
Onde, as emancipações do Ser?
Incertezas impregnam toda mente
E toda gente como ente demente
Desfila pela cidade seu desaparecer
O numinoso ser degrada-se assim
Desgarrando-se do seu sagrado
Na miserável viagem para seu fim
E como um mero desgraçado
Vai-se morrendo pouco a pouco
Sem colher da lavoura o trigo
Que jamais alimentará o mouco
Espécie de alma sem abrigo
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