Entendo que os meios de comunicação do Estado do Maranhão precisam abrir um debate sobre esse assunto: abastecimento de água.
O blog do jovem Saddam (Saddam Hussein Nunes), coroataense lá da terra do Ricardo, de volta às atividades, meteu broca nas trancas do trator, divulgando esta matéria (abaixo), com foto e tudo mais:
Quando pensamos que já vimos de tudo, aparece uma dessas. Em tempos de difícil abastecimento de água em São Luís, pelo (corriqueiro) rompimento do Italuís, o último ocorrido há dois dias, cidadãos observaram perplexos, um carro oficial do Corpo de Bombeiros (prefixo AT 04) ser usado como um verdadeiro carro pipa, para abastecer d’água (pasmem) a casa de familiares de um membro de tão honrosa corporação.
O fato, no mínimo curioso e
inusitado, pra não dizer ilícito, aconteceu nessa quarta-feira (20), na Rua
Emiliano Macieira, bairro Ivar Saldanha e foi flagrado por um
colaborador do blog.
Segundo nosso informante,
quando o caminhão do corpo de bombeiros chegou ao local, inclusive com o
giroflex ligado, por volta das 14:30h, alguns vizinhos até chegaram a imaginar
que pudesse se tratar de algum incêndio ou socorro à eventuais vítimas de algum
acidente. Contudo, quando passaram alguns minutos e não havia o menor sinal
sequer de fumaça que pudesse indicar um incêndio, ou até mesmo tumulto que
evidenciasse um acidente, viu-se somente três membros da equipe de “plantão”
manuseando e encaixando mangueiras no caminhão e, simplesmente, abastecendo o
tanque e recipientes da casa com água potável.
Bombeiros atendendo em
domicílio
O fato, que gerou indignação em
vizinhos e transeuntes, evidencia uma triste realidade do serviço público, onde,
um bem e instrumento do estado é utilizado exclusivamente para atender
interesses particulares de um servidor.
Tal conduta, tipificada
inclusive no Código Penal, é definida como Peculato pelo artigo 312, sendo
definida como a utilização feita por funcionário público de um bem que tenha
acesso pela facilidade do cargo, para desviá-lo em proveito próprio ou alheio.
Isso, além de representar explícita transgressão de normas e condutas éticas
militares.
O caso representa uma afronta
ao estado, à corporação, e à sociedade em geral, essa última que além de ter que
contentar-se calada com ações pouco eficientes e explicações vazias pela CAEMA
sobre a vergonhosa falta d’água na capital, tem que assistir alguns
privilegiados terem sua sede saciada pelo corpo de bombeiros militar. A história
é vista por alguns como uma verdadeira piada, que até apelidaram o caso de
Bombeiros Delivery, numa alusão à um serviço de entrega em domicílio.
Agora, resta ao comando da
corporação apurar o caso e à CAEMA normalizar o já deficiente abastecimento
d’água em São Luís para evitar repetição dessa cena.
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