AS DIFICULDADES
Jersan Araújo
A maioria dos prefeitos eleitos ou reeleitos reclama
das dificuldades financeira e organizacional dos seus respectivos municípios,
neste início de ano. Na campanha política, no entanto, eles demonstravam que
sabiam dessa realidade e prometiam resolver todos os problemas administrativos
em pouco tempo. Edivaldo Holanda Júnior, para exemplificar, garantia que, com o
apoio da presidente Dilma, tiraria “São Luís dos caos em que se encontrava” em
um curto período de tempo. Hoje a conversa é diferente: só fala em dificuldades,
sem esboçar o otimismo de antes. Como então membro do Conselho Político da
presidente, disse ter facilidade de aprovar projetos e trazer muitos recursos
para São Luís; afirmações essas ratificadas pelos ministros Padilha e Rebelo,
além do presidente da EMBRATUR e principal apoiador da sua campanha, Flávio
Dino.
Em boa hora o vereador Pedro
Lucas Fernandes (PTB), por meio de requerimento aprovado pela Câmara Municipal,
solicitou à Prefeitura que envie àquela Casa a lista das empresas e os valores
correspondentes aos “restos a pagar” previstos no Orçamento de 2013.
O vereador entende que o município passa por dificuldades, mas,
até “para podermos ajudar, é necessário que saibamos o tamanho exato dessas
dificuldades”, assim justificou o vereador que exige transparência dos gastos
públicos. Não basta alardear dificuldades sem justificá-las nem deixar de
cumprir promessas feitas em campanha com factoide, no intuito de incriminar
adversários. É preciso seriedade e honestidade em todas as práticas e atitudes.
Pela situação “pintada” pelo
prefeito de São Luís, passam, também, vários prefeitos de capitais, como São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e outras centenas de cidades do
interior. No Maranhão, o município de São João Batista é um “retrato em cores”
do caos estabelecido ali em dois anos de mandato da então prefeita Surama
Soares, que assumiu o cargo em junho de 2010. Surama substituiu o prefeito
reeleito em 2008, Eduardo Dominici, por decisão da Justiça Eleitoral. Uma
decisão política.
Apesar das cantadas e
decantadas dificuldades, o prefeito Amarildo Pinheiro entregou a
responsabilidade de denunciar as irregularidades à sua assessoria jurídica e
começou a trabalhar sem olhar para trás e cobrando da sua equipe de auxiliares
providências administrativas para recolocar o município nos trilhos. Depois de
quase dois meses de trabalho incansável, entra, agora, na fase de conclusão e
homologação das licitações para meter, definitivamente “a mão na massa”. Com
otimismo, proclama a redenção de São João Batista em termos de progresso e
desenvolvimento. E olhe que Amarildo não tem lá “uma Dilma” diretamente ao seu
lado, mas conta com o apoio decisivo do deputado federal Waldir Maranhão (PP) na
aprovação de projetos essenciais e na liberação de recursos.
São São dois exemplos concretos
de uma realidade em que não cabe mais “chororô”, e sim disposição de trabalho e
competência. E vamos pra frente!...
EM BEQUIMÃO
Também, em Bequimão, o
prefeito Zé Martins encontrou uma cidade arrasada com todos os serviços públicos
essenciais desestruturados. O patrimônio público depredado. O desmonte da
máquina administrativa é a comprovação da irresponsabilidade com que o dinheiro
público foi tratado. Esse é o descaso com a cidade que levou a população a optar
por mudanças. Mas, insatisfeita com a derrota, a oposição não desceu do palanque
e usam a forma mais usada por políticos insensatos de espalhar denúncias
infundadas contra a atual administração.
“Desesperados com a
forma célere e transparente com que Zé Martins vem imprimindo em menos de dois
meses à sua gestão, a oposição apelou e resolveu espalhar denúncias infundas”,
disse à coluna um renomado político, acrescentando “que as mudanças já podem ser
sentidas: na saúde, o hospital passou por uma assepsia completa. A grande
conquista do atual prefeito de Bequimão foi o resgate da autoestima da
população. A alegria e a esperança contagiaram toda a cidade no melhor carnaval
dos últimos anos, promovido pela Prefeitura”.
Apesar da imensa
dificuldade encontrada em Bequimão com o desmonte da máquina pública, o prefeito
Zé Martins diz-se confiante de que em pouco tempo as políticas públicas
transformadoras, que estão implantadas pela sua administração, começam a
apresentar os primeiros resultados positivos, para a satisfação da população.
ESSE É O COLLOR
O procurador-geral da
República, Roberto Gurgel, tem, no seu encalço, o ex-presidente da República e
atual senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Esse mesmo Collor que deixou a
Presidência do Brasil acusado da prática de vários crimes. Esse mesmo Collor que
confiscou a poupança dos brasileiros aprovou requerimento no Senado Federal,
solicitando investigação do Tribunal de Contas da União sobre a compra de 1.200
tablets pela procuradoria. Segundo o senador alagoano, a licitação, no valor de
R$ 3 milhões, teria beneficiado a empresa vencedora.
A Procuradoria-Geral da República, disse em nota, que o processo de licitação foi feito com os requisitos técnicos pertinentes e alinhado às necessidades institucionais. Como se observa quem denuncia hoje já foi denunciado e vice-versa. Estamos vivendo em uma República quase de iguais em termos negativos e abomináveis da falta de ética, decoro e de bom comportamento. As autoridades brasileiras, dos três poderes, com essas atitudes mostram à sociedade essa vexatória situação, motivada por ciúme ou sede de vingança. São os poderosos em litígio e o povo, a grande vítima, clamando por Justiça.
DE ANAJATUBA
Segundo informações chegadas ao
meu e-mail, o prefeito Hélder Aragão tem suado a camisa para recolocar o
município nos trilhos. Como de resto em quase todos os municípios, lá a máquina
precisa ser lubrificada para voltar a funcionar. Os problemas deixados pela
administração anterior são imensos, mas, o prefeito Hélder arregaçou as mangas e
está trabalhando para recolocar as coisas em ordem. É isso aí!...
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