A Procuradoria Geral do Município (PGM) de Curitiba notificou o governo do Estado e a Coordenação da Região Metropolitana (Comec) para que cumpram o convênio assinado para viabilizar os jogos da Copa do Mundo 2014 na cidade e paguem ao Município a parcela ainda pendente de repasses acordados para a realização de obras de infraestrutura relacionadas ao torneio. O convênio vence no próximo domingo, 4 de outubro, e o Estado ainda deve R$ 15,6 milhões ao Município, de um total de R$ 61,5 milhões que deveria aportar.
O convênio tem caráter tripartite e estabelece as obrigações
de cada uma das partes: o governo do Estado, a Prefeitura e o Atlético. No
entanto, até o momento apenas o Município cumpriu integralmente as suas
obrigações.
Além de concluir as obras de infraestrutura previstas, a
Prefeitura investiu R$ 17,3 milhões na desapropriação de 16 áreas no entorno da
Arena da Baixada – recursos até agora não ressarcidos pelo Atlético. O clube
também não cumpriu a obrigação de ceder
para uso do Município um espaço na construção anexa à Arena.
A Prefeitura também cumpriu a obrigação de emitir títulos de
potencial construtivo para cobrir a garantia oferecida pelo Clube Atlético
Paranaense à Fomento Paraná. Os recursos oriundos da venda de títulos vêm sendo
repassados regularmente à Fomento Paraná, à medida em que são comercializados.
Os títulos representam as partes que, no acordo, cabem ao
Município e ao Estado. Em contrapartida, o governo do Estado deveria repassar à Prefeitura um total de R$
61.533.333,33 para a realização de obras de infraestrutura, conforme o plano de
trabalho que faz parte do convênio assinado para a Copa.
Até agora, porém, a Prefeitura recebeu apenas R$
45.872.606,00. Faltam, portanto, R$ 15.660.727,33. O pagamento depende de um
aditivo ao convênio, para efetivar a atualização do plano de trabalho firmado
em 2012 para a realização da Copa.
Apesar de insistentes pedidos da Prefeitura, o governo do
Estado e a Comec, gestora do convênio, não efetivaram a celebração do termo de aditivo.
Isso impede a Prefeitura de receber o saldo do convênio – recursos que são
importantes para o pagamento de obras de infraestrutura relacionadas à Copa. Em
razão disso, e considerando que o convênio não pode mais ser prorrogado, o
Município obrigou-se a notificar o Estado e a Comec.
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