O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), confirmou que irá manter a votação do processo de cassação do deputado federal Eduardo Cunha (PMDB-RJ) para a próxima segunda-feira (12). Defensores do peemedebista tentam convencer deputados a não ir ou a atrasar a sessão até que consigam aprovar uma punição mais branda ao ex-presidente da Casa. Cunha já declarou que vai comparecer à sessão para se defender pessoalmente.
Maia revelou que não aceitará tentativa de efeito
suspensivo da votação e que as questões de ordem da defesa de Cunha serão
indeferidas. Para o peemedebista ser cassado, é necessário o mínimo de 257
votos dos 513 deputados existentes na Casa, como revela matéria publicada nesta
sexta-feira (9) pela Folha de S. Paulo.
Uma pesquisa feita pelo jornal Estado de S. Paulo indica
que já há número suficiente de votos para aprovar o pedido de cassação de
Eduardo Cunha. O placar também mostra que existe chance de um “acordão” para
amenizar a pena ao peemedebista.
Segundo o levantamento do jornal, 270 deputados
declararam que vão votar pela perda do mandato de Cunha. Desse total, 21
deputados sinalizam estar propensos a suavizar a pena do ex-presidente da
Câmara.
O líder do PSDB na Câmara, Antonio Imbassahy, está
confiante na posição que a bancada assumirá na segunda-feira (12). “Não vamos
fechar questão, cada deputado vai votar de acordo com a sua consciência, mas
acredito que todos vão optar pela cassação”, afirmou ao Estadão.
Cunha foi eleito presidente da Câmara em fevereiro de
2015 e logo protagonizou as investigações sobre o esquema de corrupção da
Petrobras. O processo de cassação contra ele corre na Câmara desde novembro do
ano passado. Em maio de 2016 o Supremo Tribunal Federal (STF) o suspendeu do
cargo de presidente e do mandato em decisão unânime. Em julho, Cunha renunciou
à presidência. Caso seja cassado Cunha fica inelegível até janeiro de 2027,
quando terá 68 anos.
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