Laura Gelbert, da Rádio ONU em Nova York.
É "muito provável" que este ano seja o mais
quente já registrado no mundo, de acordo com a Organização Mundial de
Meteorologia, OMM.
Dados preliminares divulgados pela agência da ONU mostram
que as temperaturas globais em 2016 estão aproximadamente 1.2º C acima dos
índices pré-industriais.
Recordes
Segundo o secretário-geral da OMM, Petteri Taalas,
"os efeitos das mudanças climáticas têm sido visíveis em escala global
desde a década de 1980", citando "aumento da temperatura global,
tanto sobre a terra como sobre o oceano, aumento do nível do mar e derretimento
generalizado do gelo".
O chefe da agência da ONU também mencionou aumento dos
riscos de eventos extremos, como ondas de calor, secas, chuvas e inundações.
Taalas citou recordes de temperatura sendo quebrados em
2015 e, de novo, em todos os meses 2016.
Ele afirmou que a expectativa é de um aquecimento de 1.2º C até o fim deste ano
o que já é próximo ao marcado no Acordo de Paris.
Acordo de Paris
O chefe da OMM ressaltou que o Acordo de Paris, que
entrou em vigor em 4 de novembro, "busca limitar o aumento da temperatura
global a menos de 2º Celsius e buscando ações na direção de 1.5º Celsius".
A OMM publicou uma análise detalhada do clima global
entre 2011 e 2015, o período de cinco anos é mais quente já registrado, e uma "presença humana cada vez mais
visível em eventos de clima extremo com impactos perigosos e
dispendiosos".
Segundo a agência da ONU, as temperaturas recordes foram
acompanhadas do aumento dos níveis do mar e declínio no volume de gelo do
Ártico, glaciares e coberturas de neve no Hemisfério Norte.
Para a OMM, todos esses indicadores confirmam a tendência
de aquecimento causada pelos gases de efeito estufa.
A agência afirmou que o dióxido de carbono chegou ao
marco de 400 partes por milhão na atmosfera, pela primeira vez em 2015.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.