Como ficará a combalida economia brasileira? Como o mundo
se comportará diante um futuro que ninguém tem certeza de seus reais componentes?
Li agora nas páginas eletrônicas da Veja esta notícia em
que um ex-ministro brasileiro diz que o Brasil pode ficar tranquilo com Trump:
Veja o que publicou a Veja:
Brasil pode ficar tranquilo com Trump, diz ex-embaixador
A vitória inesperada do republicano Donald Trump na
eleição para a Presidência dos Estados Unidos assustou brasileiros, que temem o
impacto de um governante avesso a acordos econômicos internacionais e com
planos rígidos de imigração. Para Rubens Barbosa, ex-embaixador brasileiro em
Washington, porém, previsões apocalípticas não irão se concretizar, nem afetar
negativamente a relação entre os países.
“Há consequências imediatas para o mercado, por causa da
surpresa, mas o susto passará nos próximos meses”, tranquiliza Barbosa. O
primeiro discurso do magnata depois de eleito, na madrugada de quarta-feira, já
dá sinais de conciliação diferentes de sua campanha, segundo o ex-embaixador.
Trump se disse disposto a negociar com estrangeiros e governar com opositores:
“Vamos dobrar em crescimento e ser a economia mais forte do mundo. Ao mesmo
tempo, vamos nos dar bem com todas as nações dispostas a ser dar bem conosco”,
disse o republicano.
Mestre em ciências econômicas e políticas pela London
School of Economics and Political Science, Barbosa representou o Brasil em
Washington, entre 1999 e 2004, depois de ocupar o posto em Londres. Sua
experiência no cargo lhe mostrou que o Brasil, assim como outros países da
América do Sul, “não são prioridade para o Executivo americano”. “Nossa relação
com os Estados Unidos não vai mudar por causa de Trump, nem iria mudar com
Hillary. Não temos problemas políticos ou diplomáticos e devemos continuar
assim”, afirma.
Para o embaixador, a aproximação do Brasil com o Estados
Unidos, bem como o aumento de investimentos estrangeiros no país, não está nas
mãos do governo Trump. “Não adianta mudar o governo americano, precisa mudar a
situação econômica do Brasil para sermos atraentes para os investidores dos
Estados Unidos”, diz Barbosa. “Durante 13 anos, fomos contra o governo
americano, por isso o comércio e a cooperação caíram. Michel Temer já fez
declarações que quer ampliar a relação com o país e, agora, depende de o Brasil
conseguir estabilizar a economia”, explica.
Poder moderado
Apesar de discursos inflamados na campanha, com a
promessa de acabar com acordos de comércio internacional, a realidade do dia a
dia de governo tende a ser mais comedida do que o previsto. De acordo com
Barbosa, nem mesmo o fim Tratado Norte-Americano de Livre Comércio (Nafta) deve
acontecer, apesar da insistência do republicano. “Na campanha, Trump estava sozinho, mas na
Casa Branca vai trabalhar com grupos de pressão, uma elite poderosa, além de
opositores do próprio partido no Congresso, com posições mais moderadas que as
suas”.
Imigração
Outro medo para os brasileiros é a promessa de leis
rígidas de imigração do republicano, que afirmou que irá deportar milhões de
ilegais nos primeiros meses de governo. Dos quase 400.000 imigrantes do Brasil
nos Estados Unidos, ao menos um terço não possui documentação adequada, segundo
levantamento do Instituto de Políticas de Imigração (MPI).
Para Barbosa, Trump deve passar leis que dificultarão a
entrada de novos brasileiros, porém, custos altos e pressão internacional devem
evitar a deportação de tantos ilegais quanto promete. “A tendência é que
qualquer discurso radical, na prática, seja temperado. Trump já demonstrou isso
no primeiro discurso após o resultado e assim continuará”, prevê.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Este blog só aceita comentários ou críticas que não ofendam a dignidade das pessoas.