Leio agora, na Agência EFE, que o governo do Irã ameaça os
Estados Unidos, advertindo que “atacar o Irã causaria a "mãe de todas as
guerras".
Leiam a notícia da Agência EFE
Rohani adverte aos EUA que atacar o Irã causaria a
"mãe de todas as guerras"
EFE Teerã 22 jul 2018
O presidente do Irã, Hassan Rohani, advertiu neste domingo
aos Estados Unidos que iniciar um conflito com seu país suporia "a mãe de
todas as guerras", por isso que recomendou "não brincar com
fogo".
"O poder do Irã é dissuasório e não temos um conflito
com ninguém, mas os inimigos devem entender bem que a guerra com o Irã é a mãe
de todas as guerras", disse Rohani em cerimônia com diplomatas iranianos.
O líder ressaltou que o Irã responderá às ameaças "com
ameaças" e não se intimidará, segundo o discurso publicado no site da
Presidência iraniana.
Se dirigindo ao presidente americano, Donald Trump, deu um
conselho. "Não brinque com a cauda do leão, porque você irá
lamentar", uma expressão em farsi equivalente a não brincar com fogo.
Trump retirou em maio os EUA do acordo nuclear multilateral
de 2015 com o Irã e voltou a impor sanções a Teerã, que entrarão em vigor em
agosto e ameaçam afundar a já maltratada economia iraniana.
Uma medida que tem o objetivo de afetar o Irã em duas das suas
linhas vermelhas: seus programas de mísseis balísticos e sua influência
regional.
"Pagaremos custos, mas conseguiremos mais
benefícios", afirmou Rohani, descartando como já fez ontem o líder
supremo, Ali Khamenei, qualquer negociação com Washington.
"Negociar hoje com os EUA não significa mais do que a
rendição e o fim das conquistas da nação do Irã. Se nos rendemos diante de um
fanfarrão mentiroso como Trump, saqueiam o Irã", acrescentou.
No discurso, Rohani também se referiu às declarações feitas
por vários responsáveis americanos para encorajar os movimentos de protesto
internos contra o regime dos aiatolás.
A respeito, considerou que os EUA não é um país capaz de
"provocar o povo iraniano contra a segurança e os interesses do Irã",
apesar de nos últimos meses ter ocorrido manifestações e greves pela crise
econômica.
Neste mês, Trump mostrou confiança que a República Islâmica
aceitará suas condições e lhe contatará para chegar a um novo acordo porque
está tendo "muitos problemas e sua economia está afundando".
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