10 janeiro 2019
Diretor-geral da Organização Internacional do Trabalho
afirmou que “esperanças e medos são distribuídos de forma desigual”; agência da
ONU lançou campanha interativa que promove o trabalho da organização.
No ano em que comemora o seu centenário, o diretor-geral
da Organização Internacional do Trabalho, OIT, Guy Ryder, disse que a agência
deve ajudar a combater as desigualdades no mundo do trabalho.
A mensagem do chefe da agência coincide com o lançamento
de uma campanha interativa que promove o trabalho da organização.
Relevância
Fundada por 44 países após a Primeira Guerra Mundial, a
missão da organização era abordar o descontentamento crescente com as más
condições de trabalho na Europa. Ryder diz que hoje esse objetivo é partilhado
pelos 187 Estados- membros da OIT.
O diretor-geral recorda que a natureza do trabalho mudou
em muitas partes do mundo, em grande parte devido aos avanços tecnológicos, mas
que muitas pessoas não sentem os benefícios.
Ryder afirma que "esperanças e medos são
distribuídos de forma desigual" e que “a incerteza é alta e os níveis de
confiança são muito baixos.”
Conquistas
Segundo a agência, o número de horas de trabalho, o
princípio de um salário justo e proteção de trabalhadores incapacitados ou
doentes são benefícios e direitos que resultam da intervenção da OIT.
Ryder lembrou que o papel da OIT na promoção da paz
internacional através da justiça social era visto por alguns como um
"sonho selvagem", uma expressão usada pela primeira vez pelo
presidente dos Estados Unidos, Franklin Roosevelt, antes da decisão do país
ingressar no órgão em 1934.
Formação
Em 1919, a tarefa de redigir a Constituição da OIT foi
confiada a uma Comissão de Trabalho criada pelos Estados-membros que
participaram do Tratado de Versalhes.
A Comissão reuniu-se entre janeiro e abril para redigir a
Constituição. No seu preâmbulo, escreveu sobre “distúrbios tão grandes que a
paz e a harmonia do mundo estão em perigo.”
Futuro
A primeira Conferência Internacional do Trabalho
aconteceu no mesmo ano, em Washington DC, e contou com a participação de 40
países.
O chefe da OIT disse que as normas internacionais do
trabalho, adotadas e elaboradas em tratados internacionais, continuam a ser um
dos principais meios de ação e influência da OIT, ajudando a criar condições de
igualdade, nas quais governos, empregadores e trabalhadores competem de forma
justa.
Para ele, "não está além das nossas capacidades
construir o futuro do trabalho que queremos, um futuro com empregos decentes
para todos."
Ryder afirma que a visão "e a vontade política que a
acompanha" são necessárias como nunca antes.

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