O Ministério Público do Maranhão ajuizou Ação Civil
Pública, em 12 de março, contra o Estado do Maranhão e a Empresa Maranhense de
Serviços Hospitalares (Emserh), devido à poluição ambiental provocada pelo
Hospital Macrorregional de Coroatá. Pertencente ao Estado, o hospital é
administrado pela empresa. A manifestação foi proposta pelo promotor de justiça
Luís Samarone Batalha Carvalho.
De acordo com a apuração da 2ª Promotoria de Justiça da
Comarca de Coroatá, a unidade despeja diariamente dejetos sanitários e resíduos
na área onde está situado o prédio hospitalar, pondo em risco a saúde dos
pacientes e dos moradores do entorno do hospital.
Como medida liminar, o MPMA requer que o Estado do Maranhão
e a Emserh cessem imediatamente o transbordamento dos tanques, fossas e sumidouros
existentes no Hospital Macrorregional de Coroatá e, consequentemente, impeçam o
despejo de dejetos sanitários e resíduos de material hospitalar em vias
públicas.
Também foi pedido que o Estado e a empresa concluam o
sistema de coleta, tratamento e disposição final de efluentes para o Hospital
Macrorregional de Coroatá, atendendo o que preconiza a Resolução nº 358 do
Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama).
A implantação do novo sistema de coleta, tratamento e
disposição final de efluentes deve ser iniciada no prazo de 120 dias, a contar
do deferimento da liminar, e finalizada dentro do período de 365 dias.
No período da investigação, a Secretaria Municipal de Meio
Ambiente descobriu existir uma Estação compacta de Tratamento de Esgoto (ETE)
não finalizada, composta com decantadores.
Informações indicam que o despejo irregular de dejetos
ocorre desde 2015. Com a ausência da ETE, são utilizadas fossas para receber os
resíduos, o que é inadequado, já que, com o acúmulo de resíduos, o volume acaba
transbordando. Muitas vezes o vazamento do esgoto atinge o Rio Itapecuru.
“A poluição causada ao meio ambiente decorrente do
transbordamento dos tanques sépticos e sumidouros ocorre em razão dos
implicados não terem finalizado, no hospital, um sistema adequado para receber,
tratar e destinar corretamente os efluentes, poluindo e contaminando o solo e
muito provavelmente o lençol freático da região”, afirmou, na ação, o promotor
de justiça Luís Samarone Batalha Carvalho
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