Por Adriano Sarney
Enquanto o mundo todo passa por um momento de austeridade e
responsabilidade econômica, o governo Flávio Dino (PCdoB) gasta muito e gasta
mal. E esta gastança é alimentada com o endividamento brutal do Estado, com a
queima de nossas reservas econômicas, aumento vergonhoso de impostos e com
gastos desnecessários para abrigar aliados políticos.
A saída é cortar despesas e criar incentivos para que a
economia volte a crescer. A economia maranhense passa pelo pior momento em toda
a sua história. E não é por conta de fatores externos, como tenta fazer crer o
governador e seus apoiadores.
O governo comunista recebeu o Estado com uma dívida
avaliada em cerca de R$ 3 bilhões. Hoje, o Estado se aproxima dos R$ 5 bilhões
de dívida. Dino endividou o estado em cerca de R$ 2 bilhões e sacou outro R$ 1
bilhão do Fundo Estadual de Pensão e Aposentadoria (Fepa). Também promoveu
saques de centenas de milhões de reais na Empresa Maranhense de Administração
Portuária (EMAP), incorrendo até mesmo no risco de perder a concessão histórica
do Porto do Itaqui.
Durante o Carnaval 2019 a população maranhense foi alvo de
mais um aumento de impostos promovido pelo governador Flávio Dino. O aumento de
ICMS vai atingir diretamente a alimentação, combustíveis e energia elétrica.
Indiretamente temos um efeito cascata que acarretará o aumento de preços em
quase tudo no estado, que vai gerar um prejuízo maior à nossa já fragilizada
economia.
Vale lembrar que, segundo dados do Instituto Brasileiro de
Geografia e Estatística (IBGE/2016), o Produto Interno Bruto (PIB) do Maranhão
recuou 5,6%, ou seja, caiu mais que a média entre todos os estados e a pobreza
aumentou consideravelmente, segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (PNAD). Sem dúvida, trata-se de uma situação que é fruto da
incompetência da gestão comunista.
Em 2018 os maranhenses pagaram mais de R$ 6 bilhões do
famigerado Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços, o ICMS. Para se
ter uma ideia, o preço da gasolina aumentou em média R$ 0,19 por litro. Com o
novo aumento promovido pelo governo, serão centenas de milhões de reais
retirados do bolso do maranhense para alimentar uma máquina pública inchada de
cargos para contemplar aliados políticos.
É sabido que o governo Flávio Dino loteou suas secretarias
para abrigar quem o apoiou nas eleições de 2018. Não obstante, ele foi além e
criou novas estruturas na administração pública estadual, desmembrou algumas
secretarias existentes e até deu superpoderes às secretarias estaduais de
Programas Especiais e das Cidades para saciar interesses de aliados políticos.
Como se não bastasse, para bancar uma imagem positiva e em
evidência na mídia nacional, o governo esbanja R$ 7 milhões de reais com
publicidade fora do Estado, para citar um exemplo de gasto inútil. A gastança
vai além, pois o orçamento geral para a área da comunicação do governo
ultrapassa os R$ 50 milhões anuais. Em resumo: o governo Dino se caracteriza
por muita propaganda e pouco investimento em ações estruturantes e de
desenvolvimento.
Precisamos de uma política de crescimento eficiente,
pautada na atração de investimentos e criação de emprego e renda, como ocorreu
no passado recente, a exemplo da implantação da Suzano Papel e Celulose, na
Região Tocantina, durante o governo Roseana, uma consequência do Pró-Maranhão,
um programa que ampliou a fronteira econômica do Estado.
Sou a favor de um projeto econômico que dê sustentabilidade
à iniciativa privada para geração de emprego e renda e, consequentemente, menos
dependente da máquina pública.
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