quarta-feira, 10 de janeiro de 2024

Crise no Equador


Equador vai deportar detentos estrangeiros, diz presidente

Frente a surto de violência e sob estado de exceção, país ordena ações para combater grupos criminosos


O presidente do EquadorDaniel Noboa, disse nesta quarta-feira (10) que seu país começará a deportar detentos estrangeiros, principalmente colombianos, para reduzir a população carcerária e gastos públicos após o surto de violência no país sul-americano.

Segundo o político, cerca de 1.500 colombianos estão nas prisões equatorianas. Somados a eles, prisioneiros do Peru e da Venezuela representam 90% da população carcerária do país.

As declarações foram feitas à rádio equatoriana Canela um dia após Noboa assinar um decreto no qual declara um "conflito armado interno" no Equador —na prática, uma guerra civil. A medida extrema foi resposta a uma onda de criminalidade que sucedeu a fuga da prisão de Fito, líder de uma das principais organizações criminosas do país, os Choneros.

Um dia antes, na segunda (8), Noboa já havia declarado estado de exceção para permitir que as Forças Armadas interviessem no sistema prisional equatoriano durante a crise de violência.

Mais de 130 agentes penitenciários e outros funcionários eram mantidos reféns nesta quarta (10) em pelo menos cinco presídios do Equador. O governo diz que a violência é uma reação ao plano encampado por Noboa de construir novas prisões de segurança máxima para isolar os detentos mais perigosos.

Além de prometer separar os líderes de gangues dos outros presos, Noboa reiterou nesta quarta as propostas para combater a corrupção e aumentar a segurança nos portos. Antes visto como pacífico, o Equador vem atraindo criminosos pelo potencial de escoamento da produção de drogas.

A Colômbia, assim como outros países latino-americanos, manifestou apoio ao governo de Noboa e disse que aumentaria a presença militar ao longo da fronteira compartilhada com o vizinho. O ministro da Justiça colombiano ainda afirmou à imprensa local que estava disposto a trabalhar com Quito. Ao mesmo tempo, ele ressaltou que a lei de seu país determina que as repatriações devem ser avaliadas caso a caso.

O Ministério das Relações Exteriores da Colômbia não respondeu a pedidos de comentários sobre o plano de deportação feitos pela agência de notícias Reuters.

Com informação UOL


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