O deputado federal Zé Reinaldo Tavares, em seu artigo
semanal, publicado aqui no Jornal Pequeno, edição da última terça-feira (21),
propôs um pacto de toda a classe política, independente de partidos e de
ideologias, em defesa dos interesses do Maranhão e considerou indispensável à
participação do ex-presidente e ex-senador José Sarney. Na visão do deputado
socialista, o ex-representante maranhense e amapaense no Senado Federal, está
com o seu poder reduzido, mas, ainda assim tem grande influência política e
conserva importantes amizades no âmbito do governo federal e poderia ajudar
muito o Maranhão, um dos estados mais atrasados do país.
O
parlamentar ressalta, por outro lado, que Sarney quando presidiu o país e
mandava no Maranhão pouco fez em benefício do estado. E aí vem a pergunta: se
ele nunca se dispôs a ajudar o Maranhão quando detinha mais poder e a filha
dele era a governadora por que ele o faria agora, quando um adversário que o
derrotou está à frente do governo? A proposta de Zé Reinaldo (que não chega a
ser um pedido de clemência), mas, um apelo dramático em favor do Maranhão e do
seu povo está temperada com a maior das boas intenções, mas, também, com uma
forte “pitada” de ingenuidade.
Redimir-se agora a essa convocação, para Sarney, seria negar a sua
prática política, exercida durante décadas e, ao mesmo tempo confirmar a pouca
importância que dispensou ao nosso estado como presidente e senador da
República. Para um político igual a ele, visto pelo parlamentar como diferente,
de rara grandeza no contexto da política nacional, por mais bem intencionada
que seja a iniciativa do ex-aliado, não passa de um sonho (ou pesadelo) para
observadores políticos.
O
governador Flávio Dino está trabalhando com muita determinação. Tem o apoio da
imensa maioria da população. Tem trânsito nos ministérios e no Palácio do
Planalto. No que Sarney, que sempre cuidou dos próprios interesses políticos e
da família, poderia, a essas alturas, ajudar o Maranhão? Se ele (Sarney)
vislumbrar, com essa quase impossível participação no pacto proposto por Zé Reinaldo,
voltar à sena política maranhense, com prestígio e poder de mando, talvez ele
aceitasse aderir ao sonho do ex-aliado, agora adversário. Esse tratamento não
lhe será dado, portando, a proposta do pacto sequer será avaliada pelo
oligarca.
Admite-se que a união de todas as forças políticas para ajudar a
resgatar o Maranhão do estado de miséria a que foi colocado, segundo a
oposição, por inércia e falta de vontade política dos últimos administradores,
seria uma atitude louvável se na esteira dos últimos acontecimentos não
houvesse tantos desencontros, tantas traições e tanto ódio. Aliado a tudo isso
se destacam a corrupção, o toma – lá – da – cá, os interesses pessoais se
sobrepondo às expectativas e sonhos da população que sofre por falta de
saneamento, de infra-estrutura, de estradas trafegáveis, de creches, de
oportunidades de emprego, enfim pela falta de quase tudo, por culpa de
políticos descompromissados com a sociedade, agora convocados para “salvar o
Maranhão”.
CPI DA
SAÚDE
O
ex-secretário e ex-deputado Ricardo Murad em conversa com amigos tem afirmado
ser muito, mas muito difícil, a Assembléia Legislativa instalar a CPI (Comissão
Parlamentar de Inquérito) que teria o objetivo de apurar supostas
irregularidades ocorridas durante a sua estada à frente da pasta. No domingo
passado, aqui na coluna, noticiamos que Ricardo Murad teria a grande
oportunidade de “ganhar um palanque” e que alguns deputados estavam temerosos
porque sabem que Murad não sairá sozinho (se ocorrer à instalação da CPI) com
nódoa na sua imagem. Por essa e por outras, observadores entendem que essa PCI
vai morrer antes de nascer. Comenta-se que tem deputados “morrendo” de medo de
ser atropelo do pelo “trator”. Entenda-se o velho ditado: “Quem tem telhado de
vidros não joga pedras no do vizinho”.
CRÍTICAS
A vereadora
Rose Sales (PP) foi criticada por setores da imprensa porque no seu programa
partidário não poupou o verbo nem adjetivos contra a administração do prefeito
e ex-aliado Edvaldo Holanda. Mas ela não foi a única a romper e tomar essa
atitude. Zé Reinaldo, eleito governador rompeu com a oligarquia Sarney e se
transformou em ferrenho inimigo de Roseana e de José Sarney. Atualmente, na Assembléia
Legislativa, muitos parlamentares que integraram a bancada de Roseana, apóiam o
governo Flávio Dino e se posicionam como adversários da ex-governadora, com
destaque para o deputado Rogério Cafeteira, líder da bancada do atual governo.
O ex-governador Epitácio Cafeteira (pai
político do parlamentar), de acordo com a conveniência, ora era aliado de
Sarney, ora era adversário. O ex-deputado Ricardo Murad, também, protagonizou
uma briga violenta com insultos e agressões a então governadora Roseana. Não
demorou muito e “o destino” os uniu novamente. Até hoje estão no mesmo barco.
Apenas para citar alguns exemplos.
CASTELO
“Quem
manda em mim é Deus e o povo” – responde a quem pergunta se ele será mesmo
candidato a prefeito de São Luís, e completa: “Se Deus quiser e o povo apoiar,
serei, sim, candidato”. O deputado tucano tem sido estimulado por amigos e
correligionários a participar de mais esta luta.
INDICAÇÃO
O senador
Roberto Rocha, presidente do Partido Socialista Brasileiro não estaria disposto
a abrir mão de indicar o candidato a vice-prefeito na chapa encabeçada por
Edvaldo Holanda Júnior, em caso de o partido não lançar candidato próprio à
Prefeitura de São Luís. O prefeito deverá mesmo deixar o seu partido, PTC e
ingressar no PDT. É só esperar...
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