Jersan Araújo
A presidente Dilma Rousseff (PT) está sendo esperada amanhã
(10) em São Luís. Ela e sua equipe serão recebidas pelo governador Flávio Dino
(PCdoB), prefeito Edvaldo Holanda (PTC) e outras autoridades. Durante a sua
estada na capital maranhense, a presidente, que no momento enfrenta os menores
índices de popularidade e de confiabilidade, fará a entrega de casas
construídas pelo Programa Minha Casa Minha Vida e inaugurará o Terminal de
Grãos do Maranhão (TEGRAM).
Da agenda, como não poderia deixar de ser, há espaço para
conversa sobre a crise política instalada no país que poderá culminar com o fim
do mando petista e a consequente ascensão do PMDB ao poder, com a posse do
vice-presidente Michel Temer. O PSDB luta desesperadamente para que sejam
realizadas novas eleições presidenciais no Brasil, no caso do impedimento de
Dilma. É uma briga jurídica que, pela sua dimensão e controvérsias, tem tirado
o sono de muita gente.
Não é bom para o país o PMDB, tido como o partido mais
fisiologista, assumir as rédeas, dando espaço para velhas raposas da política
brasileira como Zé Sarney, Fernando Collor (este do PTB), Renan Calheiros,
Eduardo Cunha e o próprio Temer. Não seria, dessa forma, uma renovação, mas um
retrocesso com esse quinteto à frente das decisões no âmbito da economia, da
política e da moralidade pública tão necessária e almejada pela Nação.
A informação dando conta de que a Carta-Renúncia da
presidente Dilma Rousseff estaria redigida soa boato, em que pese a fonte que
“soltou a bomba” ser ligada ao Palácio do Planalto. Durante a sua passagem por
São Luís, Rousseff deverá reafirmar que permanecerá à frente do Governo Federal
(até quando, ninguém sabe).
O governador Flávio Dino e o prefeito Edvaldo Holanda
deverão apresentar um quadro de dificuldades que enfrentam, respectivamente,
nos governos estadual e municipal propondo encaminhamentos de projetos para a
avaliação do governo federal, especialmente na área de infraestrutura.
REAÇÃO VIOLENTA
Não “pegou bem” para o governo a reação considerada
violenta, pelas forças de segurança do estado, contra os manifestantes que
protestaram a decisão da Justiça sobre a reintegração de posse de um terreno no
município em Paço do Lumiar prejudicando centenas de famílias carentes. No
movimento registrado na última quinta-feira (6), na Avenida Beira – Mar houve
agressões físicas contra os participantes, por parte de policiais militares o
que contraria os princípios de liberdade de manifestação tão comum no regime
democrático.
HORAS ALEGRES
Pela avaliação do Ministério da Educação, no interior do
Maranhão, apenas três colégios constam da lista dos 20 (vinte) melhores: dois
de Imperatriz e um de Santa Inês, o “Horas Alegres” dirigido pela proprietária,
professora Tereza Cristina Vieira Alves. A média alcançada pela Escola Horas
Alegres, de Santa Inês foi 558.45 pontos, segundo consta no sitio do MEC –
Ministério de Educação e Cultura.
NO ATAQUE
A deputada Andréa Murad (PMDB) utiliza a estratégia da
“melhor defesa é o ataque” e na semana passada foi enfática ao denunciar
membros do atual governo de receberem propina, pela liberação de processos de
pagamento. A deputada oposicionista tem sido protagonista de muitos debates na
Assembléia Legislativa, ora defendendo o pai (ex-deputado Ricardo Murad),
acusado de ter praticado irregularidades como gestor da Saúde Pública no
governo de Roseana Sarney, ora denunciando supostos desmandos do atual governo.
A deputada peemedebista vem se revelando como a mais
contundente opositora do governo de Flávio Dino (PCdoB) e, através de
requerimentos, tem encaminhado “pedidos de informações” ao Palácio dos Leões,
que, segundo ela, ainda não foram respondidos.
SOBRE A CPI
Na observação de analistas políticos, a Comissão Parlamentar
de Inquérito (CPI) que teria como objetivo apurar possíveis irregularidades na
Secretaria de Saúde é desnecessária, inócua. As auditorias realizadas pelos
órgãos competentes do Poder Executivo já teriam apurado tudo, isto é, já seria
do conhecimento das autoridades governamentais, todas as ocorrências
registradas naquela pasta, faltando, apenas, oficializar a denúncia ao
Ministério Público, solicitando as providências cabíveis.
Por outro lado, as posições com relação à instalação da CPI
são divergentes entre os próprios signatários do documento.
MINISTÉRIO
O Governo, o Congresso Nacional, o empresariado e a
sociedade já assimilaram o tamanho da crise que o Brasil atravessa. Mas quando
se anuncia a necessidade de cortar despesas e de aprovar o ajuste fiscal, que
redundará em prejuízos aos trabalhares, que passaram a sofrer redução no seu
poder de compra, com o índice inflacionário chegando à beira dos 10%, cobra-se
da presidente Dilma Rousseff a redução no número de ministérios. Não é uma
tarefa fácil porque os interesses políticos se sobrepõem às determinações do
governo, principalmente, pela fragilidade de sua autoridade.
Cortar ministérios e demitir ministros é uma atitude que não
agrada os políticos, principalmente àqueles autores de indicações para o cargo.
Mas não é justo com a Nação, sacrificar-se os que trabalham e ganham pouco e
manter 39 ministérios quando, segundo a opinião geral, 20 (vinte) dariam conta
de atender as necessidades da administração do país. O corte nos gastos
públicos contrariaria figuras proeminentes do mundo político que não ficam
satisfeitas com pouca coisa. Querem tudo só para elas. É a ganância e o
personalismo em alta, desafiando o bom senso.
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