O senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE), avaliou nesta
terça-feira (6) que o Brasil pode ficar isolado e numa situação incômoda no
comércio internacional, caso se concretize o acordo de parceria Transpacífico,
firmado na segunda-feira entre 12 países, entre eles os Estados Unidos, Japão e
Austrália, além do sul-americanos Chile e do Peru.
— As exportações do Brasil podem encolher 2,7% depois de
efetivado esse acordo, segundo estudos de pesquisadores da Fundação Getúlio
Vargas. Em 2014, o Brasil exportou US$ 31 bilhões em manufaturados, dos quais
25% para países que formaram esse bloco. Os produtos mais afetados serão carne,
açúcar refinado, carros e máquinas — alertou o senador.
Antônio Carlos Valadares sugeriu que o país deixe de lado a
postura romântica em relação ao Mercosul e a tentativa de acordo com a União
Europeia, que se estende por dez anos.
Ele explicou que o acordo Transpacífico abrange 40% da
riqueza mundial, algo em torno de US$ 28 trilhões, Os países desse bloco — que, para realmente
funcionar, precisa da aprovação dos parlamentos de todos os seus integrantes —
movimentaram, em 2014, US$ 9,5 trilhões.
Medidas
Com explicou Valadares, o Transpacífico prevê ações de
redução ou eliminação de tarifas; promoção do investimento; exigência de
respeito à propriedade intelectual; combate à corrupção e transparência dos
governos; e padronização de leis trabalhistas e ambientais.
O objetivo, acrescentou o senador, é nivelar as condições de
concorrência entre as empresas ao estabelecer exigências semelhantes às
vigentes nos Estados Unidos, como livre formação de sindicatos, proibição de
trabalho infantil, regras sobre jornada de trabalho e salário mínimo, combate
ao tráfico de animais selvagens e à extração ilegal de madeiras.
Da Agência Senado
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