*Agenor Santos
É natural que toda ação provoque uma reação. Quando se pretende fazer cumprir uma
determinação superior legal, temos que acatar. O que não ocorreu e desapontou
milhões de brasileiros, o comportamento
de alguns senadores que levados pela paixão partidária extrapolaram
negativamente os princípios ético, cometendo decoro parlamentar. A reação dos
eleitores foi imediata diante do vexame cometido por seus representantes.
Os adjetivos verbais utilizados nos debates durante o
processo do impedimento da presidente Dilma Rousseff retratam a baixa qualidade
que não condiz com o mundo civilizado de bem representar o povo brasileiro. Os
discursos foram repetitivos com objetivos claros em ocupar a mídia
gratuitamente, numa campanha disfarçada às suas bases, em nome de uma causa que
ainda paira dúvida do seu resultado final. Se o impedimento definitivo da ex-presidente não foi legal, mais ilegal ocorreu com o fatiamento
do processo. Falam em acordão que abre precedentes para favorecer recuperar
direitos políticos dos já cassados. Mas o mais grave é o desrespeito à
Constituição Federal, que recomenda no art. 52, parágrafo único que em caso de
perda de mandato do presidente da República, a conjunção COM, a inabilitação
para o exercício de funções públicas, o
que não aconteceu.
Todo cidadão sabe
ou deveria saber que nenhuma lei muito menos um Regimento Interno que não
esteja de acordo com a Carta Magna, ou seja, a Constituição do país é
considerado inconstitucional. O seu não cumprimento por pessoas comuns ou autoridades é
subverte-la e se constituindo em crime. Muita água ainda vai jorrar para
desespero dos envolvidos em ilícitos.
*Agenor Boaventura dos Santos / Pedagogo / Pós-graduado em Docência Superior / Poeta.
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