terça-feira, 13 de setembro de 2016

AÇÃO & REAÇÃO





*Agenor Santos

É natural que toda ação provoque uma reação.  Quando se pretende fazer cumprir uma determinação superior legal, temos que acatar. O que não ocorreu e desapontou milhões de brasileiros,  o comportamento de alguns senadores que levados pela paixão partidária extrapolaram negativamente os princípios ético, cometendo decoro parlamentar. A reação dos eleitores foi imediata diante do vexame cometido por seus representantes.

Os adjetivos verbais utilizados nos debates durante o processo do impedimento da presidente Dilma Rousseff retratam a baixa qualidade que não condiz com o mundo civilizado de bem representar o povo brasileiro. Os discursos foram repetitivos com objetivos claros em ocupar a mídia gratuitamente, numa campanha disfarçada às suas bases, em nome de uma causa que ainda paira dúvida do seu resultado final. Se o impedimento definitivo  da ex-presidente não  foi legal, mais ilegal ocorreu com o fatiamento do processo. Falam em acordão que abre precedentes para favorecer recuperar direitos políticos dos já cassados. Mas o mais grave é o desrespeito à Constituição Federal, que recomenda no art. 52, parágrafo único que em caso de perda de mandato do presidente da República, a conjunção COM, a inabilitação para o exercício de funções públicas,  o que não aconteceu.

 Todo cidadão sabe ou deveria saber que nenhuma lei muito menos um Regimento Interno que não esteja de acordo com a Carta Magna, ou seja, a Constituição do país é considerado inconstitucional. O seu não cumprimento  por pessoas comuns ou autoridades é subverte-la e se constituindo em crime. Muita água ainda vai jorrar para desespero dos envolvidos em ilícitos.
  
*Agenor Boaventura dos Santos / Pedagogo / Pós-graduado em Docência Superior / Poeta.

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