quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

VAI PRA CASA, PADILHA


Eduardo Simbalista

Com a crise, as críticas crescem: é notório o desmantelamento do quarteto Temer, o núcleo duro formado para o governo da transição. Primeiro, caiu Jucá, depois Geddel e, agora, noticia-se que crises de hipertensão têm levado para casa o ministro Padilha.

Do temerário noyeau dur – parece – restará um: o Moreira que teria armado a cama de gato angorá para o baiano que gosta de viver acima do teto e tem sido mal falado nos corredores e salas da Câmara e do Senado.

Como no tempo dos vice-reis, vive-se a crise dos vices. Entre conversas e recuos, o vice Temer parece ainda viciado em mesóclises, temeroso de assumir, o vice Maia tenta escapar de vaia e o vice Jorge apela a São Jorge para não assumir o lugar de Renan e trazer a crise de volta ao colo do PT. À sombra vicejam outros vices cheios de vícios.

A fritura já queima o guardião das incertezas do tesouro. Diante da impossibilidade de saída mágica para a crise, vem revelar, depois de 7 meses, que “estamos em um processo de discussão sobre o que precisamos fazer”.

O que terá dado errado? Parecia tão fácil a travessia da ponte para o futuro...

O que há: em país sem norte, sem bússola, que em 100 dias deu cabo de três Presidentes, um por impeachment, outro por prisão. Restou apenas Carmen Lúcia, que assumiu a presidência do STF e, como José Linhares, está na linha de sucessão.

Agora é Natal com suas listas de desejos e esperanças renovadas. E a esperança não pode morrer. Já não é tempo de festejos juninos, não é mais tempo de quadrilha. Vai prá casa Padilha. Vai prá casa, Renan.

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