Por Hélcio Silva
29 de maio de 2017
Bom Dia - Paz na Terra! Não à violência!
O Brasil não aguenta mais tanta corrupção
42 políticos da elite dos partidos aparecem nas
megadelações... É um termo novo, é uma nova palavra em moda, hoje, no campo da
política a revelar que lideranças podres ocuparam o poder, neste país. São
meliantes de mentes nascidas para o mal. Que pena ser nosso País vítima dos
maus!... Não é de hoje que o roubo tomou conta da Pátria no campo da política.
Vem de algum tempo, mas nunca com tanta força como o assalto praticado pelos
meliantes de hoje. Claro, evidente é, e torna-se necessário dizer, que há políticos
honestos, mas a maioria faz o comando da máquina corrupta. A informação acima (42
políticos da elite dos partidos aparecem nas megadelações) é da Agência Estado.
Cita, inclusive, ex-presidentes da República, além de ministros, ex-ministros,
governadores e ex-governadores... Diz mais a informação que Integrantes desse
clube de elite teriam recebido, em conjunto, cerca de R$ 1,2 bilhão... Que País
é este?...
O dinheiro sujo que Aécio pediu
E vem mais notícia sobre gente que suja a política –
gente que a Nação acreditava: A Polícia Federal (PF) já localizou R$ 980 mil do
total de R$ 2 milhões que fazem parte das investigações envolvendo o senador
afastado Aécio Neves (PSDB-MG), de acordo com reportagem publicada na noite
deste domingo pelo Fantástico, da Rede Globo. Aécio foi gravado pedindo R$ 2
milhões ao dono da JBS, Joesley Batista, que usou a gravação em sua delação
premiada. A entrega do dinheiro foi negociada por um executivo do grupo
J&F, do qual a JBS faz parte, Ricardo Saud.
Mudança preocupa delegados...
Uma armação de Temer. Não há dúvida, ou há?... E vem a reação: Delegados da PF veem com
preocupação troca de ministro... A Associação Nacional dos Delegados de Polícia
Federal (ADPF) divulgou nota informando que vê com preocupação a troca do
titular do Ministério da Justiça. O presidente Michel Temer nomeou o ministro
Torquato Jardim para o ministério da Justiça. A pasta era comandada por Osmar
Serraglio, que vai para o Ministério da Transparência, Fiscalização e
Controladoria-Geral da União, antigo posto de Jardim.
O desespero de Temer...
Essa mudança prova o desespero de Temer. Ele quer ficar
no cargo e luta com as armas políticas que tem. Não importa o custo pesado que
o Brasil tenha que carregar... As manobras de Temer representam sua ambição
pelo poder.
A missão de quem fala ou escreve...
O Brasil está precisando de mentes quem pensem o Brasil.
Mentes que possam lutar escrevendo ou falando: mentes que andam, mentes que
falam, mentes que protestam... Mentes de almas do bem em luta por um Brasil
melhor.
As nossas dificuldades...
O Brasil passa por uma crise jamais presente na sua história.
Vejo a angústia dos desempregados, o sofrimento dos doentes sem assistência médico/hospitalar,
um país sem Escola Pública de qualidade... Um País sangrado pelos ladrões que
levam o dinheiro público e enriquecem na política...
Os artigos que leio e publico ou republico...
Escrevo, leio artigos de grandes escritores, leio poemas
de grandes poetas... Muitos desses escritos eu publico em meu blog e agora
farei o mesmo aqui no quintal...
Os artigos de ontem...
A crise política brasileira vem dando ânimo à minha alma
em busca de texto de autores diversos - bons autores - dispostos sempre em esclarecer
a Nação, nesta luta por um Brasil melhor. Precisamos ler e levar a boa leitura a todo o país, fazendo a propagação
do bem, com análise profunda e sincera em tentativas que todos estamos a
fazer na luta pela salvação da Pátria.
O mergulho de ontem...
Ontem mergulhei no Tempo (O Tempo é um bom Jornal de BH -
de lá das Minas Gerais). Li dois bons artigos: O túnel caiu, de Laura Medioli, e A decadência,
de Vittorio Medioli...
Laura e Vittorio mostram o atual retrato do Brasil: sua
realidade, o sofrimento da pátria, as lágrimas que rolam no rosto dos desempregados...
A dor de um povo sofrido...
Leia os dois artigos... É importante...
Leia!...Leia!!!... É importante...
O túnel caiu
Laura Medioli
Quando recebo na caixa de e-mails ou pelos Correios uma
cachoeira de currículos e mensagens desesperadas, penso em quem as enviou. Pais
de família, pessoas maduras já sem perspectivas, jovens graduados que, com um
diploma suado nas mãos, descobrem que todos aqueles anos numa faculdade, paga
com sacrifício, no momento, não lhes têm servido de nada. Quando será
reabsorvida tanta mão de obra dentro de uma economia que até há pouco andava
pra trás? Quantos funcionários competentes, dedicados e necessitados de um
salário se veem hoje de pés e mãos atados? Muitas das vezes, dispensados por um
empregador amargurado, que toma medidas drásticas para não fechar as portas;
que se encolhe para sobreviver num mercado em crise.
A incerteza domina o cotidiano das pessoas, cuja maior
preocupação é se manterem amparadas pelo emprego.
Do outro lado, empresas sobrecarregadas de impostos,
dívidas contraídas, custos altos, vendas em queda, energia cara, juros que
asfixiam. Assim como seus funcionários, são regidas pelo medo e pela
insegurança.
E, num terceiro patamar, uma classe política e agentes
públicos em planetas distantes, alguns aumentando seus próprios proventos,
dando exemplos descarados de imoralidade. Muitos dos quais, responsáveis por
tudo isso que está aí. Brincaram de economistas, abusaram das prerrogativas,
especularam, mentiram, assaltaram cofres públicos à custa de um contribuinte
esfolado.
Escuto na fila da padaria que loja estruturada e
tradicional da cidade demitiu 200 funcionários de uma vez.
O filho da antiga cozinheira, desesperado pela demissão
em uma grande montadora, me telefona:
– Dez anos, Laurinha! Dez anos trabalhando lá, e fui
mandado embora.
– Calma! Você é jovem, tem muito chão pela frente. Um dia
a situação se normaliza, do jeito que está não fica – tento levar um pouco de
conforto. O rapaz acabou de se casar, a esposa grávida do primeiro filho,
aluguel e contas a pagar. Casos que se repetem no dia a dia.
Outro, 59 anos, excelente profissional. Com as mãos
trêmulas, me entrega o currículo.
– Qualquer coisa, Laurinha! Já nem estou escolhendo mais.
Vendo-o a um passo do despenhadeiro, procuro dar a ele um
pouco de ânimo, mas, sinceramente, não sei o que dizer.
O desespero é total entre aqueles que perderam o emprego,
arrimos da família, tentando viver de bicos. Filhos em escadinha que não
conseguem creches, amontoados nos barracões distantes de cidades grandes que
lhes dificultam o acesso.
– Paguei o remédio com o dinheiro da luz! O aluguel
subiu, tenho que caçar outro canto – me diz uma amiga, liderança comunitária,
pelo telefone.
O barracão onde vive é pequeno para ela e os filhos. Dois
quartinhos, um banheirinho e uma salinha munida com pia e fogão.
– Fazer o quê, Laurinha? Doente e com essa merreca de
aposentadoria, quem vai me dar trabalho? – E me conta isso resignada. Não se
cansa de agradecer a Deus o fato de ainda estar viva para cuidar dos
filhos. Ajudo no que é possível. E ela
me agradece tanto que me sinto constrangida por não fazer mais.
E, antes de me deitar, recebo um último telefonema.
– Laurinha! Queria me despedir de você. Agradecer pelos
tantos anos que trabalhei com vocês. Sei que as portas continuam abertas e,
quando as coisas melhorarem, poderei voltar.
Com a voz embargada pela comoção que me assolou naquele
momento, não sabia o que dizer.
Tudo isso numa única semana. Sinto que, nessa selva de
incertezas e perplexidades, falta a trilha que leve o país à clareira, onde
será possível assentar tantos jovens e trabalhadores. Sabemos que o caminho é
complicado, mas espero, sinceramente, que não seja tão longo como imaginamos.
E justamente agora, quando, no fim do túnel, começou a
despontar uma tênue luzinha, o túnel caiu. Implodido num momento impróprio,
desmoronou inteiro sobre nossas cabeças, levando junto nossas esperanças.
Indigno é ver essa corja de políticos e empresários
safados, inescrupulosos, que perderam noção de seus limites, de ética e da
moral, usufruindo o dinheiro nosso, da saúde, da educação e da segurança, em cidades como Nova York, Rio de
Janeiro, Brasília, Atibaia e tantas outras. Dinheiro usurpado deste país
sofrido chamado Brasil.
A decadência
Vittorio Medioli
Quando entrei na Câmara dos Deputados pela primeira vez,
em 1991, lá encontrei figuras que despertavam respeito e admiração pelo
preparo, pela formação acadêmica, pela capacidade de enxergar o interesse
nacional acima de qualquer outro.
Não era certamente um conclave de santos representando o
povo do Brasil, mas havia erudição, discernimento, bagagem intelectual e,
ainda, respeito com a coisa pública.
Havia corrupção em grau não perceptível e interesses
velados, que na atualidade seriam considerados troco na conta do restaurante.
Quando saí de lá, em 2006, por decisão pessoal, o fiz
deixando atrás um cenário que tinha-se degenerado assombrosamente. Ficaram mais
raras as figuras de destaque ético e intelectual; já pululavam mensaleiros,
aqueles movidos a vantagens e barganhas ilícitas.
Estive recentemente naquela Casa e notei que a
inarredável decadência ultrapassou os limites imagináveis. As virtudes
praticamente estão a um passo da extinção, enquanto os pecados e vícios são
soberanos. Lá, mais que pessoas dispostas a servir a nação, encontram-se figuras
que se servem da nação, tendência comum aos Poderes Executivos centrais e
periféricos. Abusa-se de prerrogativas e pratica-se o patrimonialismo mais
abjeto; a locupletação foi escancarada pela Lava Jato. A devassa em curso tirou
as cortinas e os biombos do “poder”. Jogou nos lares do país as vantagens, os
ganhos ilícitos e insaciáveis, incompatíveis, e criminosos considerando os
amplos bolsões de pobreza e a falta de recursos para atender os serviços
minimamente essenciais.
Lula queixava-se dos deputados em Brasília, que definiu
como “300 picaretas” na década de 90. Os oito anos de governo dele coincidiram
certamente com um aumento para 400 ou mais que merecem a definição imortalizada
pelo ex-presidente. Salvam-se poucos, nitidamente insuficientes para garantir a
eficiência da instituição representativa da “democracia”.
Lembro-me de que o salário, no período de Itamar Franco,
quando os ministros, ao mínimo aceno de irregularidade, eram afastados para
responder a sindicância e se defender, estava abaixo de R$ 9.000. A verba de
assessores, despesas de gabinete e viagens não passava de R$ 25 mil por mês.
Poucos parlamentares possuíam carro, raríssimos o motorista, eram atendidos por
“Veraneios” da Câmara, que atuavam em regime de “lotação”. Hoje o custo da
instituição subiu desmedidamente, provavelmente proporcionalmente à queda de
qualidade do conjunto presente na “Casa”.
O aumento de remuneração, supostamente voltado a dar
“autonomia financeira” aos parlamentares, na prática não serviu, e ocorreu com
uma profunda decadência ética no Legislativo federal, atrelada à mesma
decadência nas instâncias executivas estaduais e municipais.
O escritor escocês Robert Louis Balfour Stevenson anotou
que “a política talvez seja a única profissão em relação à qual se considera
que nenhuma formação prévia é necessária”. Aí está o causador do problema.
No Brasil quem trabalha não costuma ter tempo algum para
dedicar ao meio político, dessa forma o ambiente ficou restrito, com raras
exceções, a quem faz da política sua profissão e se esquece da missão, do
sacerdócio, que “in tesi” é a finalidade de quem atua nessa seara.
Brasília (DF) é uma ilha da fantasia, surreal, cínica,
afastada da realidade nacional, registra a maior renda per capita, 36,4%
superior à de São Paulo e exatamente o dobro da de Minas Gerais, ainda seis
vezes superior àquela do Estado de Maranhão, o mais atrasado do país,
juntamente com Alagoas.
O Estado do Maranhão teve ministros, presidentes de
estatais, presidentes do Senado e até presidente da República. Em vão. Com o
poder nas mãos, continua o pior do ranking, enquanto seus representantes
políticos ditam lei no Congresso.
Se fosse possível passar por um “espectrofotômetro
político“ os elementos que formam o ambiente dominante em Brasília, se dariam
as cores da ignorância e corrupção e do descaso com o sofrimento da população.
Depois do petrolão, aparecem agora os desvios do BNDES e
a fórmula que os regia. Os pagamentos das propinas eram no exterior, e a maior
fatia para os presidentes da República, que, segundo Joesley Batista, receberam
da JBS R$ 500 milhões (US$ 150 milhões) em contas no exterior. E Obebrecht e
demais grupos? Mais de R$ 10 bilhões?
Num ambiente tão perverso qualquer moralização drástica e
urgente é bem-vinda.
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