Em entrevista à ONU News, vice-diretora-geral da agência Maria Helena Semedo afirma que apesar de todos os esforços, os números de pessoas que passam fome está aumentando e maioria vive em países com um dos dois fatores; FAO deve divulgar novos dados em setembro.
Monica Grayley, da ONU News em Nova Iorque.
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e
Alimentação, FAO, informou que deve divulgar em setembro novos dados sobre o
número de pessoas que passam fome no mundo.
O aumento no número de pessoas nessas condições foi
anunciado pela primeira vez durante a última Conferência da FAO, em Roma, pelo
próprio diretor-geral da agência José Graziano da Silva.
A FAO ainda está compilando os dados, mas segundo a
vice-chefe da agência Maria Helena Semedo, é preciso agora fortalecer as
alianças com os governos nacionais para reverter o quadro.
Incidência
Semedo esteve em Nova Iorque, na semana passada, para
participar do Fórum Político de Alto Nível sobre a implementação da Agenda
2030, de desenvolvimento sustentável.
Segundo ela, países que sofrem com conflitos e mudanças
climáticas concentram maior incidência de insegurança alimentar e de fome.
"Os últimos dados da FAO provam que a fome está a
aumentar. E isto justamente dois anos depois de termos aprovado a Agenda 2030 e
o objetivo de juntos erradicarmos a fome portanto há necessidade de termos
medidas mais fortes e de termos a nível dos países, as políticas, as medidas,
mas também é preciso paz e é preciso termos os meios para fazer face às
mudanças climáticas porque são todos esses elementos que contribuíram para o
aumento da fome."
Dados de 2016 indicam que 795 milhões de pessoas passavam
fome no mundo.
O objetivo da FAO é erradicar a fome, uma meta lançada com o programa Fome Zero e reforçada com o Objetivo 2 da Agenda 2030.
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