sexta-feira, 21 de julho de 2017

Surto de cólera no Iémen é o maior do mundo

Agência revela que mais de 99% dos pacientes suspeitos sobrevivem quando têm acesso aos serviços de saúde; crianças e idosos registam maior número de infeções e mortes.


Eleutério Guevane, da ONU News em Nova Iorque.

Mais de 5 mil pessoas apresentam sintomas de diarreia aguda ou de cólera por dia no Iêmen.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, destaca que no "maior surto de cólera do mundo" já foram registrados 368.207 casos suspeitos e 1.828 mortos desde 27 de abril passado.

Serviços

A prioridade da agência é estender a resposta que "está funcionando"  num momento em que sobrevivem mais de 99% dos pacientes suspeitos de cólera quando têm acesso aos serviços de saúde.

A agência trabalha com parceiros de saúde para encontrar recursos  e tem como prioridade as intervenções que podem tratar os afetados pelo surto de forma eficaz e reduzir o alastramento da doença.

As atividades da OMS incluem melhorar o acesso à água potável e ao saneamento,  criar centros de tratamento, capacitar profissionais de saúde,  reforçar a vigilância e atuar com as comunidades na prevenção.

Tratamento

Outra área que merece atenção é a criação de centros para que a maior parte dos pacientes recebam terapia de reidratação oral e tratamento da doença que afeta aos mais vulneráveis.

Cerca de 41% dos pacientes suspeitos são crianças menores de 15 anos. Um terço das mortes ocorre em pessoas com mais de 60 anos.

Desnutrição

A outra necessidade é quebrar o  que a OMS chama de "círculo vicioso de desnutrição e diarreia" no país, onde 17 milhões de pessoas enfrentam insegurança alimentar. A "desnutrição piora a diarreia e a diarreia leva à desnutrição", destaca a agência.

Em comunicado separado, o Escritório dos Direitos Humanos revela ter registado 13.609 vítimas civis do conflito, que incluem  5.021 mortos e 8.588 feridos em vários incidentes.

O escritório alerta que o número total "pode ser muito maior", e cita estimativas sugerindo mais de 11 mil mortos desde o início dos confrontos há mais de dois anos.

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