A Polícia Federal (PF) indiciou o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a esposa, Marisa Letícia, o ex-presidente do Instituto
Lula, Paulo Okamoto e o empresário da OAS, José Aldemário Filho, no inquérito
que apura o esquema de corrupção envolvendo o tríplex do Condomínio Solaris, no
Guarujá, litoral paulista, por crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e
falsidade ideológica, nesta sexta-feira (26).
De acordo com o delegado da PF, Márcio Adriano Anselmo, o
casal foi “beneficiário de vantagens ilícitas, por parte da OAS, em valores que
alcançaram R$ 2,4 milhões referentes as obras de reforma no apartamento 164-A
do Edifício Solaris, bem como no custeio de armazenamento de bens do casal”.
Lula foi indiciado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade
ideológica, já a esposa por corrupção e lavagem.
Essa é a primeira vez que o ex-presidente é indiciado em
investigações relacionadas a Operação Lava Jato. Antes, o ex-presidente chegou
a ser alvo de mandado de condução coercitiva, durante a deflagração da 24ª fase
da Lava Jato, batizada de Operação Aletheia, em que negou conhecer Paulo
Gordilho, engenheiro da empreiteira OAS, responsável pela reforma da cozinha do
tríplex e de um sítio em Atibaia (SP) que também é atribuído como propriedade
de Lula pelos investigadores.
O indiciamento antecede a denúncia criminal do Ministério
Público Federal, a ser apresentada ao juiz Sérgio Moro. Os procuradores do MPF
pediram o prazo de 90 dias para oferecer a denúncia no caso.
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