sábado, 26 de setembro de 2015

Faltou combinar com os espíritos...

Crônica do entardecer

De HS

Eu tinha meus 10 anos, lá pelos idos de 1948, e já o povo mais velho falava, na minha cidade de São Luís, em reuniões espíritas.
Todos os domingos, com sol ou chuva, as crianças da minha idade (pouquinho mais, pouquinho menos) não perdiam o catecismo do padre, na Igreja de Santo Antônio; mas, na saída, a gente combinava a ida a qualquer reunião espírita para ver as comunicações mediúnicas. 
Duas opções apareciam: ou na casa de Dona Hilda Matos, na rua Jansen Muller,  ou na rua dos afogados, onde funcionava a casa espírita do Sr. Waldimiro Reis. 
O catecismo do padre era pela manhã e as reuniões espíritas eram no fim da tarde ou comecinho da noite.  Era tudo num ambiente de muito respeito, com os componentes da mesa vestidos de branco. As reuniões eram públicas.
Hoje, nem todas as casas espíritas brasileiras (e nem são mais chamadas de casas) fazem as reuniões mediúnicas e as que ainda arriscam fazer, as praticam de porteira fechada: é uma turma de meia dúzia de pessoas escolhidas a dedo; e fora dessas escolhidas ninguém tenta entrar, tudo feito em obediência às normas estabelecidas pelas federações..., seguindo uma Política Doutrinária Nacional.
Não sei se os idealizadores da PDN (política doutrinária nacional) combinaram essas normas com os espíritos; mas eu, aqui comigo, acho que não!

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